Economia

Mercado de arte enfrenta queda de 33,5% em 2024 devido a conflitos e incertezas globais

O mercado de arte perdeu 33,5% em 2024, totalizando US$ 9,9 bilhões, o menor desde 2009. Apesar da queda no volume, transações aumentaram 5%, superando 800 mil vendas. A China viu uma queda de 63% nas vendas, caindo para o segundo lugar global. A IA fez história com a venda de uma pintura por US$ 1 milhão, destacando novas tendências. O preço recorde de US$ 121 milhões foi alcançado por 'L'Empire des Lumières' de René Magritte.

Visitantes vendo “Empire of Light”, de René Magritte, na prévia da Christie’s (Foto: Hiroko Masuike/The New York Times)

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Os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, além da incerteza política internacional, impactaram o mercado de arte em 2024, que registrou uma queda de 33,5% em seu volume de negócios, totalizando US$ 9,9 bilhões (R$ 57 bilhões), conforme o relatório anual da Artprice. Este é o menor volume de vendas desde 2009, com reduções significativas em grandes capitais: Nova York (-29%), Londres (-28%), Hong Kong e Paris (-21%). Apesar da queda no valor, o número de transações atingiu um recorde de 800 mil (+5%), garantindo liquidez ao setor, segundo Thierry Ehrmann, CEO da Artprice.

Os grandes colecionadores estão demonstrando cautela, afetando as vendas de artistas renomados como Pablo Picasso, cuja previsão é de uma queda de 50% nas vendas, totalizando US$ 223 milhões (R$ 1,28 bilhão). A diminuição nas transações de Belas Artes, que incluem pintura e escultura, contrasta com o aumento na demanda por obras acessíveis, onde mais da metade das vendas foi abaixo de US$ 600 (R$ 3,4 mil). A inteligência artificial também se destacou, com uma pintura do robô Ai-Da vendida por US$ 1 milhão (R$ 5,7 milhões), quase dez vezes o valor estimado.

A China enfrentou uma queda acentuada nas vendas, totalizando US$ 1,8 bilhão (R$ 10,38 bilhões), o que representa uma redução de 63% e a fez perder a liderança para os Estados Unidos, que registraram US$ 3,8 bilhões (R$ 21,91 bilhões). O preço recorde de 2024 foi de 'L'Empire des Lumières', de René Magritte, vendido por US$ 121 milhões (R$ 697 milhões). A pop art americana também se destacou, com uma obra de Ed Ruscha vendida por US$ 68 milhões (R$ 392 milhões). As próximas vendas da Sotheby's e Christie's poderão indicar as condições do mercado de alto nível.

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