Pague Menos registra lucro líquido de R$ 77,1 milhões no quarto trimestre de 2024

No último trimestre de 2024, a Pague Menos (PGMN3) reportou um lucro líquido de R$ 77,1 milhões, um aumento de 22,8% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento é atribuído ao aumento nas vendas, melhoria da rentabilidade operacional e redução do resultado financeiro. No acumulado do ano, o lucro líquido alcançou R$ 152 milhões, um impressionante salto de 972,3% em relação ao ano anterior, quando foi de R$ 14,2 milhões. Apesar do avanço, a margem líquida de 2,1% ainda está abaixo da média histórica da empresa, indicando espaço para melhorias.

O Ebitda da companhia foi de R$ 164 milhões, representando um crescimento de 31,6% em relação ao ano anterior, com um aumento de 0,5 ponto porcentual na margem Ebitda. A Pague Menos destacou que este foi o quarto trimestre consecutivo de aumento na rentabilidade operacional. No total de 2024, o Ebitda somou R$ 628,5 milhões, um crescimento de 32,0% em relação a 2023. A receita líquida do último trimestre foi de R$ 3,3 bilhões, um aumento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a receita total de 2024 foi de R$ 12,6 bilhões, um avanço de 12,7%.

Entretanto, as ações da Pague Menos caíram 9,35% na B3, fechando a R$ 2,81, após a divulgação dos resultados que não atenderam às expectativas do mercado. Apesar do crescimento nas vendas, o aumento das despesas operacionais impactou negativamente o lucro líquido, que foi de R$ 66,5 milhões, uma queda de 47,3% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Analistas do Itaú BBA e XP Investimentos observaram que, embora a empresa tenha apresentado crescimento nas vendas, as despesas gerais e administrativas e o aumento das provisões para bônus afetaram o desempenho.

A Pague Menos encerrou 2024 com 1.649 lojas, incluindo 348 adquiridas da Extrafarma, das quais 125 já foram convertidas para a bandeira Pague Menos. A empresa planeja abrir 50 novas lojas e continuar a conversão das unidades da Extrafarma, com investimentos estimados em R$ 200 milhões. Contudo, a posição de caixa da companhia é uma preocupação, com apenas R$ 150 milhões disponíveis e uma dívida de curto prazo de R$ 370 milhões. Analistas alertam que a geração de caixa operacional pode não ser suficiente para cobrir os investimentos e custos financeiros, especialmente em um cenário de alta taxa Selic e pressão sobre o poder de compra.