11 de mar 2025
Novo crédito consignado privado será lançado em etapas e focará em novos empréstimos
O governo brasileiro lançará nova modalidade de crédito consignado nesta quarta feira. A operação começará com novos empréstimos via Carteira de Trabalho Digital. Expectativa é que saldo do consignado privado triplique, alcançando R$ 120 bilhões. A migração de dívidas com juros altos será permitida a partir de abril. A nova estrutura visa beneficiar empregados de pequenas e médias empresas e domésticos.
Governo quer aumentar a oferta de crédito consignado (Foto: Arquivo)
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A reformulação do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será lançada nesta quarta-feira, com foco na oferta de novos empréstimos, sem migração de modalidades com juros mais altos. A medida será oficializada por meio de uma medida provisória no Palácio do Planalto. O novo modelo é uma estratégia do governo para melhorar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e visa triplicar o volume de crédito, alcançando cerca de R$ 120 bilhões, beneficiando principalmente empregados de pequenas e médias empresas e trabalhadores domésticos.
O crédito será disponibilizado por uma plataforma na Carteira de Trabalho Digital, permitindo que os usuários comparem taxas de diferentes bancos. As instituições financeiras terão acesso a dados do eSocial, facilitando a análise de risco. A implementação ocorrerá em etapas, começando com a solicitação de novos empréstimos apenas pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A previsão é que as regras operacionais sejam divulgadas juntamente com a MP.
Na segunda fase, prevista para o fim de abril, será possível solicitar empréstimos também pelos aplicativos dos bancos, permitindo a troca de dívidas com juros mais altos, como o crédito pessoal, para o consignado privado. O governo planeja testar o novo sistema, desenvolvido pela Dataprev, antes de integrar sistemas legados dos bancos, o que é considerado complexo.
Atualmente, a taxa média de juros do crédito consignado no setor privado é de 40,8% ao ano, enquanto o crédito pessoal chega a 103,4% ao ano. O novo modelo deve facilitar o acesso ao consignado, que atualmente é limitado a trabalhadores de grandes empresas. A expectativa é que, com a nova estrutura, as taxas de juros se aproximem das do consignado do setor público, que é de 23,8% ao ano. Além disso, estão previstas fases futuras para a portabilidade entre instituições financeiras e a implementação de garantias, como o FGTS.
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