Economia

Quebra na safra de cana deve restringir oferta de CBios e elevar preços em 2025

A quebra na safra de cana de açúcar pode restringir a oferta de CBios. A nova "Lei dos CBios" proíbe vendas a distribuidoras inadimplentes. Preço médio do CBio está em R$ 70, mas pode subir consideravelmente. Excedente de 23,6 milhões de CBios contraria objetivos do programa RenovaBio. Descrédito no mercado afeta a produção de etanol, segundo Luis Gustavo Figueireido.

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Colheita de cana-de-açúcar (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

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A quebra na safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul, prevista para a safra 2025/26, e a expectativa de queda na produção de etanol devem limitar a oferta de Créditos de Descarbonização (CBios) em 2024. Luis Gustavo Junqueira Figueireido, diretor comercial da Usina Alta Mogiana, destacou esses pontos durante a 9ª Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol, em Ribeirão Preto (SP). Cada CBio representa uma tonelada de carbono evitada pela substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis.

Figueireido alertou que a demanda por CBios deve aumentar devido à maior meta de compra estabelecida pelo governo para 2024, o que pode elevar os preços. Embora não tenha especificado valores, ele mencionou que os preços podem subir significativamente, especialmente com a pressão legislativa sobre distribuidoras que não cumprem suas metas. “Quando o CBio atingiu valores perto de R$ 200, houve uma gritaria. Vocês não viram nada ainda”, afirmou.

Atualmente, o preço médio do CBio está em R$ 70, enquanto o mercado possui um estoque de 23,6 milhões de CBios. Nos últimos dois anos, o governo revisou para baixo as metas de compra, resultando na desobrigação das distribuidoras de adquirirem 13,55 milhões de CBios. Caroline Perestrelo, do Santander, observou que o excedente de CBios contraria o objetivo do programa RenovaBio, que visa estimular a produção de biocombustíveis.

Figueireido criticou a eficiência do mercado, afirmando que a produção de etanol não tem sido incentivada como o programa previa. Ele atribui o aumento da produção de etanol à entrada de novas usinas de etanol de milho, e não ao RenovaBio. A nova "Lei dos CBios", que proíbe a venda de combustíveis por produtores inadimplentes, pode alterar essa dinâmica, segundo ele.

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