Startup Stark Bank, apoiada por Jeff Bezos, se destaca no setor de criptomoedas

O Stark Bank, uma startup brasileira apoiada pelo family office de Jeff Bezos, está se consolidando como um fornecedor bancário para empresas de criptomoedas, apostando no crescimento do setor, que enfrenta resistência de bancos tradicionais. Com sede em São Paulo, a empresa já colabora com 52 empresas do segmento, incluindo Mercado Bitcoin, Transfero e Binance, conforme revelou o fundador Rafael Stark. Ele destacou que o apoio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, às criptomoedas tem tornado o setor mais atrativo.

Historicamente, as empresas de criptomoedas no Brasil enfrentam dificuldades para obter serviços de grandes bancos, que são cautelosos devido à reputação do setor e à falta de clareza regulatória. No entanto, o interesse pelo segmento financeiro está crescendo, impulsionado pela mudança de percepção sobre as criptomoedas. Fundado em 2018, o Stark Bank atende quase 800 clientes ativos, oferecendo serviços como processamento de pagamentos e gerenciamento de cartões de crédito corporativos.

Em 2024, a startup processou R$ 280 bilhões (aproximadamente US$ 48 bilhões) em pagamentos, embora tenha registrado uma queda em relação aos R$ 155 bilhões do ano anterior. O lucro líquido caiu 30%, totalizando R$ 50 milhões, devido a investimentos em marketing e expansão. A unidade Stark Infra, que desenvolve soluções tecnológicas, cresceu 200% ano a ano, representando 15% da receita total.

O Stark Bank possui recursos financeiros suficientes e não busca ativamente novos investimentos para alcançar o status de "unicórnio". Stark mencionou que qualquer plano para uma oferta pública inicial está a cerca de cinco anos de distância. A estratégia inclui um aumento no marketing, com ações como levar clientes para eventos de Fórmula 1 em Mônaco e convidá-los para camarotes em shows e partidas de futebol, visando expandir sua base de clientes por meio de um efeito dominó no setor.