13 de mar 2025
Especialista destaca potencial das Bets para patrocinar o esporte olímpico no Brasil
O setor de apostas online no Brasil cresceu 734,6% entre 2021 e abril de 2024. O mercado movimentou R$ 6 bilhões, representando 1% do PIB nacional. José Francisco Manssur destaca a necessidade de marketing para atrair investimentos em esportes olímpicos. Apenas oito times da Liga Nacional de Basquete têm parcerias com empresas de apostas. A regulamentação busca mitigar problemas como vício em jogos e endividamento da população.
Advogado José Francisco Manssur: 'regulamentação é um corpo vivo' (Foto: Divulgação CBC)
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José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados e ex-assessor da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, destacou o crescente interesse do setor privado em patrocinar o esporte no Brasil, especialmente por parte das empresas de apostas regulamentadas. Durante sua palestra no CBC & Clubes EXPO, em Campinas (SP), ele enfatizou que essas empresas devem ampliar seus investimentos para além do futebol, incluindo o esporte olímpico. “Elas têm apetite para patrocinar o esporte como há tempos não se via”, afirmou Manssur, ressaltando a necessidade de marketing eficaz por parte das entidades olímpicas para atrair esses recursos.
O setor de apostas online experimentou um crescimento impressionante de 734,6% entre 2021 e abril de 2024, movimentando R$ 6 bilhões, o que representa 1% do PIB do Brasil. No primeiro trimestre de 2024, as plataformas de apostas registraram 1.992 bilhões de visitas. Um estudo da SimilarWeb revelou que sites de apostas globalmente tiveram 14,2 bilhões de acessos em 2022, com o Brasil liderando com 3,2 bilhões, quase 25% do total. Manssur observou que a maioria dos times da Série B do futebol brasileiro já possui patrocínios de sites de apostas, enquanto apenas dois da Série A não têm.
Manssur também comentou sobre a necessidade de adaptação do mercado após a regulamentação, que trouxe uma nova realidade ao setor. Ele acredita que, embora haja acomodação, “não falta dinheiro neste segmento”. O advogado alertou sobre os riscos do vício em jogos e endividamento, consequências do crescimento descontrolado das apostas. Ele defendeu que a regulamentação é um passo importante, mas que “só a prática vai mostrar” como o Brasil reagirá a essas novas regras.
Por fim, Manssur destacou que 88% do valor das apostas vai para os operadores, enquanto apenas 12% são destinados ao governo, que utiliza esses recursos para áreas como a saúde. Ele enfatizou a importância de uma publicidade responsável e da interação com o serviço público de saúde para tratar problemas relacionados ao vício em jogos. “O maior problema é o endividamento e vício em jogo”, concluiu.
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