Economia

Azzas enfrenta turbulência: ação despenca 10% com rumores de cisão entre fundadores

A Azzas 2154, resultante da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, enfrenta crise. Ações da empresa caíram 10,42%, refletindo incertezas sobre a cisão iminente. Rumores de conflitos entre líderes Alexandre Birman e Roberto Jatahy aumentam tensões. A empresa perdeu R$ 8,5 bilhões em valor de mercado desde a fusão em 2024. Especialistas alertam para o impacto negativo na indústria e no emprego devido à fusão.

Em agosto de 2024, uma cerimônia de toque de campainha na B3 celebrou a conclusão da combinação de negócios das empresas Arezzo & Co e o Grupo Soma, que deu origem ao maior grupo de moda da América Latina, o Azzas 2154. (Foto: Divulgação/B3)

Em agosto de 2024, uma cerimônia de toque de campainha na B3 celebrou a conclusão da combinação de negócios das empresas Arezzo & Co e o Grupo Soma, que deu origem ao maior grupo de moda da América Latina, o Azzas 2154. (Foto: Divulgação/B3)

Ouvir a notícia

Azzas enfrenta turbulência: ação despenca 10% com rumores de cisão entre fundadores - Azzas enfrenta turbulência: ação despenca 10% com rumores de cisão entre fundadores

0:000:00

A Azzas 2154 (AZZA3), resultado da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, enfrenta uma crise de gestão e queda acentuada em seu valor de mercado, que despencou de R$ 13 bilhões para R$ 4,4 bilhões, uma desvalorização de 66%. A ação da empresa, que já havia caído 26% em 2024, fechou em R$ 21,50 após rumores de um possível "divórcio" entre os líderes Alexandre Birman e Roberto Jatahy, devido a divergências na gestão. A fusão, que visava criar um gigante do setor de moda, agora enfrenta incertezas sobre a captura de sinergias e a integração das marcas.

Os analistas apontam que a falta de sinergias e as tensões entre os executivos têm gerado um "fog" sobre as margens e a performance da Azzas. O analista Rodrigo Gastim, do Itaú BBA, descreveu a situação como um "mais um trimestre nublado", enquanto a equipe da XP também expressou frustração com os resultados. A Azzas anunciou a descontinuação de várias marcas, como Alme e Dzarm, e enfrenta desafios para melhorar suas margens de lucro, que foram pressionadas por liquidações e despesas com marketing.

A situação atual sugere duas alternativas: uma cisão das operações, onde cada executivo ficaria com suas marcas originais, ou uma compra da parte de Jatahy por Birman. No entanto, a avaliação das ações da Azzas está em níveis muito abaixo do que eram no momento da fusão, complicando as negociações. O JPMorgan destacou que a separação poderia diluir o valor para os acionistas, uma vez que a fusão era vista como complementar e com potencial para sinergias significativas.

A Azzas 2154, que reúne marcas como Arezzo, Farm e Reserva, está sob pressão não apenas pela queda de suas ações, mas também pela saída de executivos-chave e pela incerteza sobre o futuro das marcas e dos empregos. A empresa, que não comenta rumores de mercado, continua focada na execução de suas diretrizes estratégicas, mas a falta de clareza sobre a gestão e a integração das operações gera apreensão no setor.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela