18 de mar 2025
Empresas brasileiras distribuem R$ 1,3 tri em dividendos; setores em destaque são revelados
Entre 2020 e 2024, empresas brasileiras distribuíram R$ 1,3 trilhão em dividendos. O setor de petróleo e gás, liderado pela Petrobras, pagou R$ 472,9 bilhões. Finanças e mineração também se destacaram, com R$ 234 bilhões e R$ 195,6 bilhões, respectivamente. Expectativas para 2025 incluem dividend yields de até 14% para a Petrobras. A recuperação da atividade industrial na China pode impactar os dividendos da Vale.
Notas de reais (Foto: Marcello Casall/Agência Brasil)
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Entre janeiro de 2020 e dezembro de 2024, as empresas brasileiras distribuíram R$ 1,3 trilhão em dividendos, conforme dados da Economatica. Esse montante é quase o dobro do PIB do Equador. Algumas empresas ainda não divulgaram seus balanços, o que pode aumentar esse valor. O setor de petróleo e gás lidera a distribuição, com R$ 509 bilhões, representando quase 40% do total. A Petrobras (PETR4) é a principal pagadora, com R$ 472,9 bilhões repassados aos acionistas, impulsionada pela eficiência operacional e valorização do petróleo.
O setor financeiro, especialmente os grandes bancos, ocupa a segunda posição, com R$ 234 bilhões em dividendos. O Itaú (ITUB4) se destaca, pagando R$ 58 bilhões, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) com R$ 56 bilhões. A baixa necessidade de investimentos em expansão permite que esses bancos maximizem lucros e distribuam proventos. Para 2025, as expectativas de dividend yield variam entre 8% e 10,80%.
Em terceiro lugar, o setor de mineração distribuiu R$ 195,6 bilhões, com a Vale (VALE3) respondendo por R$ 174,8 bilhões desse total. A distribuição de proventos da Vale está atrelada à recuperação da atividade industrial na China e aos preços do minério de ferro. O Santander projeta um dividend yield de 8,29% para este ano, com uma expectativa otimista sobre os preços do minério, que devem se manter acima de US$ 100/t.
Esses dados refletem a robustez do mercado de ações brasileiro e a capacidade das empresas de gerar lucros significativos, mesmo em um cenário econômico desafiador. A continuidade dessa tendência de distribuição de dividendos dependerá de fatores como a recuperação econômica global e a dinâmica dos preços das commodities.
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