Petz registra prejuízo de R$ 43 milhões no 4º trimestre e reverte lucro do ano anterior

A Petz (PETZ3) registrou um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 5,1 milhões do mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a empresa também teve prejuízo de R$ 27 milhões, em contraste com o lucro de R$ 35,9 milhões em 2023. A CFO Aline Penna atribuiu esses resultados à marcação a mercado de derivativos relacionados a operações de swap em dólar, que impactaram negativamente o lucro em R$ 12,8 milhões. Ela destacou que, apesar do efeito contábil, não houve impacto em caixa e que o resultado combinado do derivativo e variação cambial será zero até março de 2028.

Além disso, a atualização das contas a pagar pela aquisição das empresas Cão Cidadão e ZeeDog também afetou os resultados. Aline Penna explicou que a avaliação da Cão Cidadão foi ajustada devido à não concretização de serviços planejados, resultando em uma baixa contábil de R$ 36,6 milhões no lucro líquido e R$ 55,4 milhões no EBITDA. Apesar disso, o lucro líquido ajustado, que exclui esses efeitos, totalizou R$ 22,4 milhões, representando um crescimento de 49,7% em relação ao ano anterior.

A receita líquida da Petz alcançou R$ 878,7 milhões, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo trimestre de 2023, enquanto as despesas operacionais subiram 5,9%, totalizando quase R$ 334 milhões. As vendas nas mesmas lojas cresceram 5,1%, destacando-se como o melhor trimestre do ano. A empresa, que possui a maior parte de suas lojas nas regiões Sul e Sudeste, observou um crescimento significativo nas vendas ao consumidor, que aumentaram 9%, embora as vendas para empresas tenham caído cerca de 28%.

Embora a Petz tenha enfrentado um prejuízo operacional de cerca de R$ 33 milhões, a margem bruta atingiu 39,5%, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao ano anterior. Aline Penna ressaltou que a empresa está mais competitiva devido a mudanças na política comercial e à inclusão de produtos com preços acessíveis. Para 2024, a empresa não espera acelerar o crescimento orgânico, aguardando avanços no processo de fusão com a Cobasi, atualmente em análise pelo Cade.