Economia

Aeris registra prejuízo de R$ 833 milhões no 4º trimestre de 2024 e busca novo sócio

Aeris Energy enfrenta crise severa, com prejuízo de R$ 833 milhões no quarto trimestre de 2024, e busca novo sócio estratégico para reestruturação.

Turbinas eólicas junto a linhas de transmissão (Foto: Reuters)

Turbinas eólicas junto a linhas de transmissão (Foto: Reuters)

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A fabricante de pás eólicas Aeris Energy reportou um prejuízo líquido de R$ 833,1 milhões no quarto trimestre de 2024, um aumento de 1.204,7% em relação ao prejuízo de R$ 63,9 milhões no mesmo período de 2023. No total do ano, o prejuízo foi de R$ 934,1 milhões, representando um crescimento de 776,5% em comparação aos R$ 106,6 milhões de 2023. O resultado foi fortemente afetado por um impairment de R$ 751 milhões, decorrente da rescisão de contratos com Siemens Gamesa, Nordex e WEG, impactando estoques e provisões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 1,6 milhão no último trimestre, contrastando com um resultado positivo de R$ 34 milhões no ano anterior. Em 2024, o Ebitda totalizou R$ 138,8 milhões, uma queda de 58% em relação a 2023. A receita operacional líquida no quarto trimestre foi de R$ 211,4 milhões, uma redução de 69,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a receita total de 2024 foi de R$ 1,52 bilhão, uma diminuição de 46,5%.

A alavancagem da Aeris, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, atingiu 8,6 vezes no último trimestre, comparado a 1,9 vez no mesmo período de 2023. O diretor financeiro, José Azevedo, atribui esse aumento à diminuição do caixa e do Ebitda. O mercado doméstico representou apenas 31,3% da receita no último trimestre, enquanto as exportações aumentaram para 31,8%. A empresa está em busca de um novo sócio estratégico para enfrentar a crise financeira, após negociações com a chinesa Sinoma Blade não avançarem.

Aeris também firmou um acordo de "standstill" com debenturistas, permitindo a suspensão temporária de pagamentos para reestruturar sua dívida, que agora é de R$ 1,18 bilhão. A companhia espera concluir a renegociação até o fim do primeiro trimestre de 2025. Azevedo acredita na capacidade de reestruturação da empresa, destacando que a demanda por energia eólica não deve desaparecer. A Aeris está focando na diversificação de receitas, especialmente no segmento de serviços e manutenção, enquanto se prepara para um possível crescimento nas exportações.

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