26 de mar 2025
Millicom avança na compra da Movistar e desafia a liderança da Claro na Colômbia
Colômbia se prepara para a fusão entre Millicom e Movistar, que pode gerar um duopólio no setor de telefonia móvel, desafiando a Claro.
Clientes em uma loja da Claro Colombia em Bogotá, Colômbia, em abril de 2017. (Foto: Nicolo Filippo Rosso/Bloomberg)
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Colômbia aguarda a finalização de um importante negócio no setor de telefonia móvel, que envolve a compra de 67,5% da Movistar Colômbia pela multinacional luxemburguesa Millicom (Tigo), anteriormente pertencente à espanhola Telefónica, por aproximadamente 367 milhões de dólares. Este acordo, que ainda precisa da aprovação das autoridades antimonopólio colombianas, poderia resultar em um conglomerado com 37% de participação no mercado, desafiando a liderança da Claro, que detém 52,8%.
A fusão entre Tigo e Movistar pode transformar o cenário da telefonia móvel na Colômbia em um duopólio, mas enfrenta obstáculos, como a aceitação da oferta de Millicom para adquirir o restante de 32,49% das ações da Coltel, avaliado em 174 milhões de dólares. A aprovação do Ministério da Fazenda é crucial para que Millicom, sob a propriedade do magnata francês Xavier Niel, controle totalmente a empresa. A saída da Telefónica reflete uma estratégia de desinvestimento na América Latina, impactando a competição em pelo menos oito países da região.
Especialistas alertam que a fusão pode acarretar desafios em termos de infraestrutura, especialmente em relação ao uso de espectro radioelétrico, que é limitado por operador. A necessidade de devolução de algumas frequências é uma possibilidade, já que Tigo e Movistar operam em diferentes bandas. O economista Sergio Martínez destaca que, apesar dos riscos, a transação representa um encerramento positivo da presença espanhola na Colômbia, ao contrário de situações em outros países, como o Peru, onde a Telefónica enfrenta dificuldades financeiras.
A consolidação de Tigo e Movistar pode resultar em tarifas mais competitivas, especialmente em regiões onde as duas operadoras têm forças complementares. Galé Mallol, presidente da Asotic, enfatiza a importância de ter operadores robustos que invistam em tecnologia e infraestrutura, garantindo qualidade de serviço. A união pode criar um novo cenário de competição, com a possibilidade de preços mais baixos e melhorias no atendimento ao consumidor, refletindo um mercado em transformação.
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