Economia

Acordo Mercosul-União Europeia avança com pressão de Trump e busca diversificação comercial

Acordo Mercosul União Europeia avança com nova dinâmica, impulsionado pela pressão das tarifas americanas e a reabertura das negociações pelo governo Lula.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em discurso durante a LXV Cúpula do Mercosul em Montevidéu (Foto: Eitan Abromovich/AFP)

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O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) foi fechado em dezembro de 2024, com o objetivo de fortalecer ambos os blocos e reduzir os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A assinatura do acordo está prevista para o final de 2025 ou o primeiro semestre de 2026, dependendo da vontade política para sua implementação. A tradução do texto e os trâmites burocráticos, além das discussões no Parlamento Europeu, podem atrasar a efetivação do tratado.

As negociações foram reabertas sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que busca acelerar a implementação do acordo e diversificar os mercados do Mercosul. A resistência europeia, especialmente da França, tem diminuído, em parte devido à pressão gerada pelas tarifas de Donald Trump, que afetaram as exportações da UE em 20%. Lula também tem buscado novos mercados, como Japão e Vietnã, para ampliar as oportunidades comerciais.

Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da Fundação Getúlio Vargas, afirma que a necessidade da UE de diversificar seus parceiros comerciais foi um fator crucial para o fechamento do acordo. Ele destaca que a reabertura das negociações permitiu ajustes em compromissos ambientais e na redução de tarifas, que antes eram inaceitáveis para os europeus. Ferraz acredita que a pressão do tarifaço de Trump pode reduzir a resistência ao acordo.

Flavia Loss, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, observa que as relações entre Europa e Estados Unidos estão mudando, o que pode facilitar a aprovação do acordo. Ela ressalta que, apesar das incertezas, as resistências dentro da UE estão sendo superadas, especialmente em relação à França, que historicamente tem sido protecionista em relação à agricultura.

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