09 de abr 2025
Adyen retém R$ 17 milhões da Hurb para ressarcir clientes prejudicados por cancelamentos
Adyen retém R$ 17 milhões da Hurb para ressarcir clientes, enquanto executivos da agência tentam mobilizar consumidores contra a decisão.
João Ricardo Mendes, ex-CEO da Hurb (Foto: Divulgação)
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A Adyen, empresa global de pagamentos, reteve quase R$ 17 milhões da Hurb, agência de viagens on-line, para ressarcir clientes que não conseguiram viajar. Os recursos estão sendo utilizados para atender a mais de mil processos judiciais e quinhentas ações que aguardam pagamento. A retenção ocorre em conformidade com a regulamentação do setor e visa cobrir riscos financeiros relacionados à não entrega de serviços pela Hurb.
A situação gerou descontentamento entre os executivos da Hurb, especialmente o cofundador e CEO, João Ricardo Mendes. Ele mobilizou clientes lesados para pressionar a Adyen, incentivando o envio de e-mails em massa aos diretores da empresa de pagamentos, alegando que o bloqueio prejudica as viagens dos consumidores. Mendes afirmou que a Adyen bloqueou quase R$ 17 milhões da Hurb.
As ordens de bloqueio foram determinadas após a constatação de que as contas bancárias da Hurb estavam esvaziadas. Embora a Adyen tenha contestado as decisões judiciais, alegando não ter controle sobre a qualidade dos serviços prestados, os tribunais mantiveram as ordens de bloqueio. A Adyen informou que, uma vez esgotados os fundos retidos, a obrigação de arcar com pagamentos contestados cessa, conforme as diretrizes do Banco Central.
A Hurb, que comercializava pacotes de viagens promocionais com datas flexíveis, enfrentou uma crise em 2023 ao cancelar ou adiar indefinidamente pacotes já adquiridos pelos consumidores. O modelo de negócios, que previa a venda de produtos antes da garantia de entrega, revelou-se insustentável, levando a empresa a uma situação crítica.
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