Bancos pressionam por saída de Daniel Vorcaro do comando do novo conglomerado do BRB

Os grandes bancos estão pressionando pela saída de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, do comando do novo conglomerado que será formado com a aquisição pelo Banco de Brasília (BRB). A transação, que ainda depende da aprovação do Banco Central, prevê que Vorcaro deixe a presidência do banco, mas assuma a presidência do conselho de administração do Master, que será renomeado para BRB Corporate. As duas instituições continuarão operando de forma independente.

A permanência de Vorcaro no conselho é contestada, especialmente por André Esteves, chairman do BTG Pactual, que está em negociações com outros bancos para formar um consórcio e adquirir ativos do Master. Os ativos em questão, que incluem precatórios e direitos creditórios, tiveram seu valor estimado elevado de R$ 25 bilhões para R$ 33 bilhões. Apesar das pressões, Esteves nega que deseje a saída de Vorcaro.

Interlocutores de Vorcaro afirmam que a exigência de sua saída do conselho não faz sentido, considerando que isso representaria uma estatização do Master. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que a instituição terá uma participação ativa na governança do Master, indicando a maioria das posições no conselho. A decisão final sobre a operação cabe ao Banco Central e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Vorcaro expressou confiança de que a operação será aprovada, enquanto o Banco Central avalia se o BRB pode adquirir a participação no Master. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reuniu com os CEOs de grandes bancos para discutir a situação. A expectativa é que a operação não seja aprovada em sua totalidade, o que pode impactar o futuro do Banco Master.