Economia

Tarifas de Trump pressionam mercado global de café e afetam exportações do Vietnã

Tarifas de Trump sobre café impactam Brasil, Colômbia e Vietnã, elevando preços e alterando dinâmica do mercado global em meio a colheitas ruins.

"Impacto na cadeia do café também atinge o Brasil e a Colômbia, líderes mundiais na produção de arábica. (Foto: Bloomberg/Patricia Monteiro)"

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O mercado global de café enfrenta novas dificuldades após o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, impor tarifas sobre as exportações de café do Brasil, Colômbia e Vietnã. As tarifas são de 10% para o café arábica e 46% para o robusta, com o Vietnã sendo o mais impactado. A medida visa reduzir déficits comerciais e estimular a produção interna, mas gera preocupações sobre os contratos de exportação, conforme declarado por Nguyen Nam Hai, presidente da Associação de Café e Cacau do Vietnã.

A produção de café arábica no Brasil deve cair 12,4% em relação ao ano anterior, totalizando 34,7 milhões de sacas de 60 kg em 2025, devido a condições climáticas adversas. A Colômbia, que também enfrenta a tarifa de 10%, expressou preocupações sobre a demanda do mercado americano, que representa 40% das vendas externas do setor. Germán Bahamón, gerente geral da Federação Nacional dos Cafeicultores, destacou a incerteza que a nova tarifa traz.

Os preços internacionais do café já estavam elevados, e a expectativa de tarifas inicialmente impulsionou as importações. Carlos Mera, analista do Rabobank, observou que a oficialização das tarifas terá um efeito negativo sobre os preços. A Indonésia, quarto maior produtor, também foi afetada, com uma tarifa de 32%. Analistas da StoneX indicam que a nova estrutura tarifária pode alterar significativamente os fluxos comerciais globais.

Apesar das dificuldades, a Colômbia pode se beneficiar da situação, já que seus concorrentes enfrentam tarifas semelhantes. A presidente da Câmara de Comércio Colombiano-Americana, María Claudia Lacouture, acredita que isso pode consolidar o café colombiano como uma opção preferencial para os importadores dos Estados Unidos. Mera prevê que a demanda por café arábica pode aumentar, especialmente se as tarifas forem mantidas, enquanto fatores estruturais, como a safra decepcionante no Brasil, continuarão a influenciar o mercado.

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