A Ola, uma startup indiana de mobilidade, está enfrentando sérios problemas. Sua divisão de veículos elétricos perdeu 70% do valor em sete meses e as vendas de scooters caíram para menos da metade em comparação ao ano passado. Além disso, a empresa está lidando com relatos de scooters pegando fogo e uma investigação do governo sobre suas licenças. Apesar de ter levantado 734 milhões de dólares em sua oferta pública inicial em 2024, a Ola enfrenta forte concorrência e atrasos nos pagamentos a fornecedores. Para cortar custos, a empresa demitiu mais de mil funcionários e está reestruturando suas operações. Problemas de engenharia também foram identificados, pois o modelo de scooter não se adaptou bem ao mercado indiano. A participação de mercado da Ola caiu de 52% para 19%, mas subiu para 25% em janeiro. Mesmo oferecendo descontos e novos modelos, as perdas aumentaram para 65 milhões de dólares no último trimestre de 2023, e a falta de atendimento ao cliente e centros de serviço está prejudicando sua imagem.
Crise na Ola: startup indiana de mobilidade enfrenta perdas e investigações
Fundada em 2010, a Ola, que se destacou no mercado indiano de transporte e veículos elétricos, enfrenta uma série de crises. A empresa, que já recebeu investimentos de gigantes como SoftBank e Tiger Global, viu sua divisão de veículos elétricos perder 70% do valor em sete meses.
Queda nas vendas e problemas de segurança
As vendas de scooters da Ola caíram para menos da metade em relação a abril do ano passado. A empresa também registra aumento nas perdas e relatos de clientes sobre scooters pegando fogo ou apresentando falhas durante o uso. Há uma investigação governamental em andamento sobre licenças e registros de centenas de novas concessionárias da Ola.
Investimentos e IPO frustrado
Apesar de ter captado cerca de US$ 734 milhões em sua oferta pública inicial (IPO) em 2024, a maior da Índia no ano, a Ola Electric enfrenta a concorrência de fabricantes de duas rodas mais estabelecidos e crescente escrutínio regulatório. A empresa também lida com atrasos nos pagamentos a fornecedores e parceiros logísticos.
Reestruturação e cortes de empregos
Para reduzir custos e diminuir as perdas, a Ola tem cortado empregos, reestruturado operações e automatizado funções. Relatos indicam que a empresa realizou um segundo processo de demissão desde novembro, com mais de mil vagas eliminadas. A empresa não respondeu especificamente a todas as perguntas da BBC sobre a situação.
Problemas de engenharia e segurança
Analistas apontam que a Ola teve dificuldades em adaptar seu modelo de scooter, baseado em um projeto holandês, ao mercado indiano. Ex-funcionários relatam que o lançamento do primeiro scooter elétrico foi apressado, sem as devidas alterações para as condições locais. Incidentes de segurança, como incêndios e falhas na suspensão dianteira, levantaram questionamentos sobre a qualidade dos produtos.
Concorrência e participação de mercado
A entrada de fabricantes de automóveis estabelecidos no mercado de scooters elétricos aumentou a pressão sobre a Ola. A participação de mercado da empresa caiu de 52% para 19% em dezembro, recuperando para 25% em janeiro. A Ola busca vender 50 mil unidades mensais para se tornar lucrativa, mas analistas duvidam que a meta seja alcançada.
Desafios e futuro incerto
Apesar de oferecer descontos e lançar novos modelos a preços mais baixos, as perdas da Ola aumentaram para US$ 65 milhões no último trimestre de 2023. Problemas com o atendimento ao cliente e a falta de centros de serviço também prejudicam a imagem da empresa. A situação levanta preocupações entre investidores e questiona o futuro da Ola no mercado indiano de mobilidade elétrica.
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