Economia

Confiança de médias empresas brasileiras atinge menor nível em três anos

Confiança de médias empresas brasileiras atinge menor nível em três anos, com queda nas expectativas de investimento e contratação.

Gráfico em queda (Foto: Freepik)

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Confiança do empresário de médio porte atinge mínima em três anos

A confiança do empresário brasileiro de médio porte recuou para 44,4 pontos no primeiro semestre de 2025, o menor nível desde o início da série histórica do Índice de Confiança das Médias Empresas (ICME) da Fundação Dom Cabral (FDC), em 2022. A queda de 4,3 pontos em relação ao segundo semestre de 2024 reflete a percepção de piora no ambiente econômico e social.

O indicador, que considera valores abaixo de 50 pontos como sinal de falta de confiança, foi impactado pela diminuição das expectativas futuras, que caíram 5,1 pontos, atingindo 46,5 pontos. A avaliação das condições atuais também apresentou recuo, de 3,4 pontos, chegando a 42,3 pontos.

Setores industriais e comerciais lideram queda de confiança

A análise setorial revela que a indústria e o comércio registraram os maiores recuos de confiança, com quedas de 5,3 e 4 pontos, respectivamente. O setor de serviços, embora também tenha apresentado diminuição de 3,3 pontos, manteve um nível de confiança superior aos demais.

A FDC aponta que a alta da inflação e o custo dos insumos contribuem para a crescente elevação dos custos dos negócios, impactando negativamente a confiança dos empresários. A professora Áurea Ribeiro ressalta que a percepção de piora no ambiente econômico e social também influencia o cenário.

Investimentos e contratações em desaceleração

As médias empresas projetam investir apenas 3,92% do faturamento bruto anual nos negócios, uma redução em comparação aos 4,6% previstos no segundo semestre de 2024. O setor de serviços se destaca como o único com tendência de alta nos aportes, com previsão de investir 5,12% do faturamento.

O ritmo de contratação também apresenta desaceleração, com expectativa de crescimento de 3,3% nos postos de trabalho em 2025, abaixo dos 4,9% observados em 2024.

Demanda e faturamento em alta, mas com cautela

Apesar do cenário de desconfiança, há indicativos de aumento da demanda, tanto nas condições atuais – com alta de 5,6 pontos, atingindo 50,6 pontos – quanto nas expectativas futuras, que subiram 2 pontos, marcando 54,6 pontos.

A expectativa é de que o faturamento das médias empresas cresça 11,7% em 2025, superando o IPCA acumulado projetado para o ano, de 5,65%, e quase dobrando o crescimento de 6,1% registrado em 2024. Ribeiro acredita que o aumento da demanda pode estar relacionado a estímulos como o crédito consignado do setor privado.

A pesquisadora destaca que as empresas podem estar apostando em ganhos de produtividade, buscando novos processos mais eficientes e investindo em automação para lidar com a pressão da inflação e dos custos crescentes. A pesquisa da FDC foi realizada entre 4 de fevereiro e 13 de março de 2025, com 616 empresas de médio porte.

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