20 de abr 2025
Patinetes e scooters elétricas transformam a mobilidade urbana em São Paulo
Patinetes elétricos ganham espaço em São Paulo com aumento na oferta e regulamentações mais rigorosas, atraindo novos usuários e investidores.
Flávio Marchiori comprou seu patinete há seis meses. Morador de Moema, ele usa para ir e voltar do escritório próximo à Faria Lima. (Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)
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Uso de patinetes e veículos elétricos cresce em São Paulo
A capital paulista registra aumento no uso de patinetes e motinhos elétricos, impulsionado pela liberação de aluguel e pela busca de alternativas ao trânsito. Paulistanos investem em modelos elétricos a partir de R$ 3 mil para otimizar seus deslocamentos.
A presença de bicicletas elétricas, com designs personalizados e preços acima de R$ 10 mil, também se tornou comum na Avenida Brigadeiro Faria Lima. O publicitário Flávio Marchiori, de 52 anos, trocou o carro pelo patinete para ir ao trabalho. “Vejo o trânsito travado e estou ali tranquilo”, afirma.
Empresas expandem oferta e usuários buscam economia
O empresário Wellington Gregório, de 34 anos, observa um aumento no interesse por patinetes desde a retomada do aluguel. Sua loja vende 70% de modelos de entrada, com autonomia de até 30 quilômetros. Já Marcus Olivieri, de 38 anos, gerente de banco, reduziu o tempo de trajeto pela metade com o uso do equipamento.
De acordo com a prefeitura, 1.823 patinetes estão disponíveis para aluguel nas ruas de São Paulo, pelas empresas Whoosh e Easyjet. As regras incluem velocidade máxima de 20km/h e circulação exclusiva em ciclovias e vias com limite de até 40km/h.
Desafios na fiscalização e alternativas no comércio
Apesar das normas, irregularidades são frequentes, como o compartilhamento de patinetes por casais e a circulação em calçadas, especialmente na Avenida Paulista. A Woosh realiza escolas de pilotagem e planeja expandir sua frota para 3,5 mil unidades nos próximos meses.
No Brás, scooters elétricas substituem os carrinhos de mão de entregadores, disputando espaço com carros e pedestres. O empreendedor Wander Matos, de 20 anos, utiliza o veículo para transportar mercadorias, adaptando-se ao trânsito intenso da região.
Regulamentação e fiscalização em andamento
O Código Brasileiro de Trânsito classifica equipamentos elétricos com acelerador como “autopropelidos”, com limite de velocidade de 32 km/h e potência de até mil watts. A prefeitura de São Paulo informa que trabalha no aprimoramento das normas para esses veículos. A Polícia Militar realiza fiscalizações para garantir o cumprimento das leis de trânsito.
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