21 de abr 2025
Tarifas de Trump afetam dropshipping e comércio entre EUA e China, gerando crise
Tarifas elevadas e a eliminação da isenção de de minimis complicam o comércio entre EUA e China, afetando dropshippers e consumidores.
Spencer Platt | Getty Images News | Getty Images (Foto: Spencer Platt/Getty Images News)
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Tarifas dos EUA afetam dropshipping e aumentam custos para o consumidor
A imposição de tarifas pelo governo dos EUA sobre produtos chineses tem impactado o comércio entre os dois países, afetando especialmente empresas que utilizam o modelo de dropshipping e o comércio eletrônico. A recente eliminação da isenção de minimis, que permitia a entrada de pacotes de até $800 sem tarifas, agrava o cenário.
Kamil Sattar, empresário de 25 anos que atua no ramo de dropshipping, relata uma queda de 33% na receita devido às novas tarifas. O dropshipping, modelo de e-commerce que elimina a necessidade de estoque próprio, é popular entre empreendedores por exigir pouco capital inicial.
90% dos produtos do negócio de Sattar vêm da China, com destino ao mercado americano. Diante das tarifas, o empresário aumentou os preços de alguns produtos e redirecionou o foco para o mercado europeu, onde as vendas aos EUA representavam 60% do total, caindo para 20-30%.
A eliminação da isenção de minimis – que permitia a entrada de pacotes de até $800 sem taxas – é o principal golpe para o setor. A partir de maio, os produtos provenientes da China e Hong Kong estarão sujeitos a uma taxa de 30% sobre o valor ou $25 por item (valor que sobe para $50 após junho de 2025).
Em 2024, mais de 90% das encomendas que entraram nos EUA se enquadravam nessa isenção, totalizando cerca de 4 milhões de remessas diárias. A suspensão temporária da regra em fevereiro causou atrasos e acúmulo de pacotes nos portos americanos.
Sattar destaca que, além do aumento de custos, os produtos chineses estão sendo mais frequentemente retidos na alfândega para inspeção, gerando insatisfação e pedidos de reembolso por parte dos clientes. A empresária Xin Wang, da Associação de Comércio Eletrônico Transfronteiriço de Shenzhen, afirma que pequenas e médias empresas chinesas estão sendo “severamente prejudicadas”.
Especialistas do setor concordam que a diversificação de mercados é crucial para sobreviver ao cenário atual. Julia Xu, CEO da Wayo, prevê um forte declínio de vendedores da Amazon e Shopify que dependem de um único fornecedor e mercado. Yinglan Tan, da Insignia Ventures Partners, ressalta que quem se adaptar e encontrar novas oportunidades poderá obter grandes lucros.
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