22 de abr 2025
Herdeiro da Hermès é processado por não entregar ações avaliadas em US$ 16 bilhões
Herdeiro da Hermès, Nicolas Puech, é processado por não entregar ações avaliadas em € 14 bilhões. A disputa sobre sua herança se intensifica.
Na semana passada, a Hermès atingiu 249 bilhões de euros em valor de mercado e ultrapassou a LVMH pela primeira vez. (Foto: Anthony Kwan)
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Herdeiro da Hermès é acusado de não entregar ações avaliadas em 14 bilhões de euros
Um processo movido nos Estados Unidos acusa Nicolas Puech, herdeiro da Hermès, de não cumprir um acordo de venda de ações da empresa, estimadas em 14 bilhões de euros (aproximadamente US$ 16 bilhões). A ação foi protocolada pela Honor America Capital, que alega ter apoio do Emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani.
A Honor America Capital busca uma indenização de mais de US$ 1,3 bilhão, alegando que Puech não entregou as ações conforme o combinado. No entanto, o advogado do herdeiro, Gregoire Mangeat, contesta veementemente qualquer envolvimento de seu cliente no acordo, afirmando que ele sequer tinha conhecimento da transação.
O caso se complica com a incerteza sobre a posse das ações. Puech, descendente de quinta geração do fundador da Hermès, está envolvido em disputas judiciais há anos sobre o acesso a cerca de seis milhões de ações da empresa. A questão ganhou destaque após Bernard Arnault, da LVMH, revelar ter acumulado uma participação na Hermès.
Em 2023, Puech acusou seu ex-gerente financeiro, Eric Freymond, de má gestão de seus ativos, mas perdeu a ação na justiça suíça. O tribunal concluiu que Puech havia dado plenos poderes a Freymond e poderia ter revogado o acordo a qualquer momento.
Atualmente, a equipe jurídica de Puech busca determinar a localização das ações e como recuperá-las. Caso ainda possua os cerca de 5,7% da participação original, ele seria o maior acionista individual da Hermès, empresa que viu seu valor de mercado disparar nos últimos anos.
Documentos anexados à ação incluem cartas e contratos de venda assinados por Puech, através de seu advogado, Francois Besse, e pelo presidente da Honor America Capital, Abdulla Mishal Al Thani, com o compromisso de financiamento do Emir do Qatar. A transação foi desfeita em março, após dificuldades em recuperar as ações do banco Lombard Odier.
O caso lança luz sobre os investimentos do Qatar no setor de luxo, que incluem a Harrods, a Printemps, a Valentino e a Balmain. As autoridades do Catar e o banco Lombard Odier não comentaram o caso.
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