2W Ecobank obtém recuperação judicial para reestruturar dívidas e operações financeiras

A 2W Ecobank teve seu pedido de recuperação judicial aprovado pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira e visa otimizar a estrutura de capital da empresa, que enfrenta uma crise de liquidez devido a altos custos e atrasos em projetos.

A companhia, que atua na comercialização e geração de energia elétrica, já havia protocolado o pedido na Justiça. A recuperação judicial busca aprimorar a eficiência operacional e fortalecer a criação de valor a longo prazo. A 2W enfrenta dificuldades financeiras após uma expansão malsucedida, incluindo investimentos em dois parques eólicos que custaram R$ 2,2 bilhões.

A petição não revelou o total da dívida da 2W Ecobank e de sua subsidiária, a 2W Comercializadora Varejista, que também solicitou proteção judicial. Antes do pedido, a empresa obteve uma liminar para suspender ações de cobrança e impedir que credores adotassem medidas de execução contra seus bens.

Os investimentos em energia eólica enfrentaram significativos atrasos e variações de custo, agravados pela insolvência da empreiteira Allonda. A empresa teve que comprar energia no mercado spot a preços elevados para cumprir contratos, especialmente após a alta do preço de energia de curto prazo no ano passado.

A 2W argumenta que a crise de liquidez é um contexto pontual e específico e não deve comprometer a solidez de suas operações. A companhia solicitou tutelas provisórias para impedir a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) de desligar suas comercializadoras do mercado e aplicar penalidades.