Startups brasileiras enfrentam desafios e se destacam na corrida por unicórnios

O cenário para startups no Brasil se tornou desafiador, com juros altos e investidores mais seletivos, resultando em uma queda no número de unicórnios. O relatório Corrida dos Unicórnios 2025 aponta nove startups brasileiras como candidatas a esse status, destacando o crescimento de empresas como Mottu, CRMBonus e Flash.

A Mottu, fundada por Rubens Zanelatto em 2020, é uma startup de aluguel de motos que já opera em mais de 120 cidades e possui mais de 100 mil motos alugadas. A empresa, que faturou R$ 1 bilhão anualmente, verticalizou suas operações ao montar uma fábrica na Zona Franca de Manaus. Zanelatto afirma: “Somos a primeira fábrica de motos do mundo que não vende motos”.

Outra candidata, a CRMBonus, foi criada por Alexandre Zolko em 2018. Inicialmente um programa de cashback, a empresa evoluiu para uma plataforma de fidelização, alcançando mais de 100 milhões de consumidores. Zolko projeta quadruplicar o faturamento, atualmente em R$ 250 milhões anuais, até 2027.

A Flash, focada em gestão de recursos humanos, surgiu em 2015 após seus fundadores identificarem deficiências nos benefícios corporativos. A startup atende cerca de 35 mil companhias e movimenta mais de R$ 1 bilhão em transações mensais. Ricardo Salem, presidente da Flash, destaca que a empresa busca digitalizar a gestão de RH.

Oportunidades no mercado brasileiro são evidentes, como no caso da Petlove, que projeta um faturamento de R$ 1,75 bilhão em 2024, com um crescimento de 40% em 2025. A Celcoin, especializada em infraestrutura tecnológica, faturou R$ 330 milhões em 2024 e visa dobrar esse volume no próximo ano.

O Stark Bank, fundado por Rafael Stark em 2018, movimenta R$ 280 bilhões anualmente e obteve lucro de R$ 50 milhões em 2024. Gustavo Gierun, do Distrito, afirma que as startups que se destacam compartilham características como resiliência e acesso estratégico a capital.