Economia

Crédito consignado privado cresce, mas bancos enfrentam margens apertadas e desafios econômicos

Crédito consignado privado cresce, mas margens apertadas e juros altos desafiam bancos e consumidores. O que esperar para 2025?

Cardamone afirma que o consignado pode pressionar a inflação, mas é importante para a baixa renda. (Foto: Divulgação)

Cardamone afirma que o consignado pode pressionar a inflação, mas é importante para a baixa renda. (Foto: Divulgação)

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O crédito consignado privado tem se mostrado uma alternativa viável para consumidores que buscam trocar dívidas caras por opções mais baratas, especialmente em um cenário de juros altos e inflação crescente. Em 2025, o Banco BMG informou que o consignado representa 63% de sua carteira de crédito, totalizando R$ 26 bilhões em 2024. No entanto, as margens estão apertadas, e o apetite por esse tipo de crédito diminuiu devido ao spread reduzido, que caiu de 1,2 ponto percentual para 0,60.

Os especialistas alertam que, embora o crédito consignado seja mais barato, ele pode gerar alguma pressão sobre a inflação, já que parte do valor é direcionada ao consumo. Muitos clientes utilizam essa modalidade para quitar dívidas como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. A baixa renda, que enfrenta dificuldades para acessar crédito, se beneficia de juros mais baixos, que podem facilitar a aquisição de bens, como um carrinho de pipoca.

O cenário atual é desafiador tanto para os consumidores quanto para os bancos. A inflação impacta a capacidade de pagamento dos clientes, enquanto os juros altos restringem o valor dos empréstimos. Apesar de o portfólio de crédito do BMG ser considerado seguro e com baixa inadimplência, a instituição monitora de perto a situação. O governo fixa a taxa de juros final do consignado em 1,85% ao mês, mas o custo de capital é baseado na taxa DI (depósito interfinanceiro) de dois anos.

Com o spread em níveis baixos, o BMG prioriza operações com maior retorno, como o crédito pessoal, reduzindo seu apetite pelo consignado. O cenário para 2025 permanece incerto, com a expectativa de que a instituição continue a ajustar sua estratégia em resposta às condições de mercado.

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