Shein eleva preços nos EUA antes de tarifas sobre importações da China

A Shein, gigante do fast-fashion, anunciou um aumento nos preços de seus produtos nos Estados Unidos, incluindo itens de vestuário e utensílios de cozinha. Essa mudança ocorre em resposta a novas tarifas de 120% sobre encomendas da China, que devem impactar os consumidores americanos. Os ajustes de preços começaram a ser implementados na sexta-feira, 25 de abril.

Os dados da Bloomberg News indicam que o preço médio dos cem principais produtos na categoria de beleza e saúde subiu 51% em apenas um dia. Itens específicos, como um conjunto de dez panos de cozinha, tiveram um aumento impressionante de 377%. Para roupas femininas, o aumento foi mais modesto, em torno de 8%.

Impacto das Tarifas

As novas tarifas foram introduzidas após o governo dos Estados Unidos decidir acabar com a isenção "de minimis", que permitia a entrada de mercadorias avaliadas em menos de US$ 800 sem tarifas. Além disso, a taxa por item postal aumentará para US$ 100 a partir de 2 de maio e continuará a subir após 1º de junho.

A Shein, assim como a Temu, está tentando repassar os custos adicionais de importação aos consumidores. Em fevereiro, a Shein incentivou fornecedores a estabelecerem produção no Vietnã para evitar as tarifas. Ambas as empresas observaram um aumento nas vendas em março e abril, à medida que os consumidores se apressavam para comprar antes dos aumentos de preços.

Ajustes de Preços

Entre 24 e 26 de abril, os preços da Shein nos EUA subiram cerca de 10% em média. Durante esse período, sete dos cinquenta itens amostrados foram retirados da lista de produtos disponíveis. Em contraste, os preços da Shein no Reino Unido permaneceram praticamente inalterados, sem itens removidos.

Os ajustes refletem uma estratégia das varejistas online chinesas para lidar com a nova realidade tarifária. O aumento de preços na Shein é um sinal claro do impacto da guerra comercial nas compras dos consumidores americanos.