Shein eleva preços nos EUA antes de tarifas sobre produtos da China

A Shein, gigante chinesa do fast-fashion, anunciou um aumento nos preços de seus produtos nos Estados Unidos, em resposta a novas tarifas sobre pequenos pacotes. O reajuste, que ocorreu na sexta-feira, impactou diversas categorias, com destaque para beleza e saúde, que registraram um aumento médio de 51%.

Os preços de itens como vestidos e utensílios de cozinha também subiram. Para produtos de casa e brinquedos, o aumento médio foi superior a 30%, com um conjunto de dez panos de cozinha apresentando um aumento impressionante de 377%. Já as roupas femininas tiveram uma alta de 8%. As tarifas, que podem chegar a 120%, foram implementadas após o governo dos EUA decidir encerrar a isenção "de minimis" para pacotes provenientes da China continental e de Hong Kong.

Mudanças nas tarifas também incluem um aumento na taxa por item postal, que passará a ser de US$ 100 a partir de 2 de maio, com valores ainda maiores a partir de 1º de junho. Nos últimos meses, a Shein e outras plataformas de e-commerce, como a Temu, já haviam se preparado para repassar os custos adicionais aos consumidores americanos.

Em março e abril, as vendas da Shein e da Temu se recuperaram, com consumidores estocando produtos antes do aumento de preços. Entre 24 e 26 de abril, os preços da Shein subiram cerca de 10%, e sete itens foram removidos do catálogo nos EUA. Em contraste, os preços no Reino Unido permaneceram praticamente inalterados.

Os ajustes de preços refletem os esforços da Shein para lidar com a nova realidade tarifária. A empresa já havia incentivado fornecedores a estabelecer produção no Vietnã para mitigar os impactos das tarifas.