30 de abr 2025
A assembleia da Mobly rejeita proposta da Home24 e mantém cláusula de proteção a acionistas
A disputa pelo controle do Grupo Toky se intensifica após acionistas rejeitarem proposta da Home24, enquanto decisão judicial suspende deliberações.
A fusão anunciada entre Mobly e Tok&Stok no fim de 2024 deu origem ao maior grupo de móveis e decoração do país (Foto: Reprodução)
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A disputa pelo controle do Grupo Toky, formado pela fusão da Mobly e da Tok&Stok, intensificou-se na última quarta-feira (30) durante a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE). A maioria dos acionistas rejeitou a proposta da Home24, que detém 44,38% do capital, para retirar a cláusula de proteção aos acionistas minoritários, conhecida como poison pill. Essa cláusula dificulta a aquisição da empresa, exigindo um prêmio elevado para a compra das ações.
A proposta da Home24 visava facilitar uma oferta pública de aquisição (OPA) de R$ 0,68 por ação, considerada desfavorável pelos acionistas, especialmente em comparação ao fechamento de R$ 1,09 na véspera. A rejeição da proposta, que obteve 52,32% dos votos, foi vista como uma vitória pela família Dubrule, fundadora da Tok&Stok. A decisão da assembleia foi interrompida por uma liminar do juiz André Salomon Tudisco, que suspendeu os efeitos das deliberações, alegando a necessidade de mais tempo para análise do caso.
Durante a votação, os acionistas expressaram preocupação com o risco de "destruição de valor" associado à OPA. A família Dubrule, que busca retomar o controle da Tok&Stok, não se manifestou publicamente sobre a votação ou a decisão judicial. A Mobly, por sua vez, alega que a Home24 e os Dubrule estão em conluio para facilitar a aquisição, o que é negado pela família.
A situação se complica com a expectativa de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) se pronuncie sobre o cancelamento da OPA até o dia 15 de maio. A Mobly, que já registrou prejuízos significativos, mantém sua posição de que a OPA é inadequada e que há indícios de manipulação de mercado. A disputa continua a gerar incertezas sobre o futuro do Grupo Toky e suas operações.
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