30 de abr 2025
BRB avança na compra do Banco Master por R$ 2 bilhões e enfrenta investigações
BRB e Banco Master enfrentam investigação da PF e questionamentos no Senado sobre aquisição de 58% do banco por R$ 2 bilhões. A operação gera preocupações sobre a saúde financeira do Master e possíveis fraudes em precatórios.
Sede do Banco de Brasília em Brasília (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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O Banco de Brasília (BRB) está em fase final de diligência para adquirir 58% do Banco Master por aproximadamente R$ 2 bilhões. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que a transação ainda depende da aprovação do Banco Central e da conclusão das investigações sobre a saúde financeira do Master. A compra inclui 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do banco.
Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) solicitaram que os presidentes do BRB e do Banco Master prestem esclarecimentos sobre a operação, que é vista como um possível "salvamento" do Master. O requerimento foi apresentado por senadores do Distrito Federal, que expressaram preocupações sobre os riscos financeiros envolvidos. A Polícia Federal investiga o Master por suspeitas de fraude em precatórios, o que aumenta a tensão em torno da negociação.
O BRB planeja adquirir apenas a "parte boa" do Master, excluindo ativos de alto risco, como precatórios e pré-precatórios. Costa destacou que a operação é parte de um planejamento estratégico para transformar o BRB em um banco nacional completo. Ele também mencionou que a injeção de R$ 2 bilhões pelos acionistas do Master é uma condição para a transação.
A investigação da Polícia Federal apura se houve manipulação nos valores dos precatórios, que representam uma parte significativa dos ativos do Master. O banco enfrenta dificuldades de liquidez, com compromissos que somam R$ 16 bilhões, o que representa cerca de 25% de seus ativos totais de R$ 63 bilhões. A situação do Master levanta preocupações sobre a possibilidade de problemas financeiros serem transferidos para o BRB.
A operação ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O Tribunal de Contas da União (TCU) também irá investigar a conduta do Banco Central em relação ao caso. A expectativa é que os presidentes do BRB e do Banco Master sejam ouvidos em breve para esclarecer os detalhes da transação.
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