30 de abr 2025
Milei busca conter inflação após desvalorização do peso e mudanças cambiais na Argentina
Governo argentino enfrenta desafios para controlar a inflação após desvalorização do peso e apelos a supermercados para evitar aumentos de preços.
Consumidor observa preços de frutas e legumes em Buenos Aires (Foto: Luis Robayo/AFP)
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O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, solicitou que grandes redes de supermercados não aceitassem aumentos de preços após a recente desvalorização do peso. O dólar oficial fechou a 1.194,45 pesos, apresentando uma queda de 8,7%. Essa mudança ocorreu após a eliminação do "cepo" cambial, que restringia a compra de dólares, permitindo agora a flutuação da moeda entre 1.000 e 1.400 pesos.
Desde a implementação do novo regime cambial, o dólar teve um desempenho que inicialmente surpreendeu, mas analistas alertam que a situação pode ser semelhante ao que ocorreu em 2015, quando o governo de Mauricio Macri também liberou o "cepo". A inflação, que já acumulava 55,9% em doze meses, pode ser impactada pela nova política cambial. Consultores privados estimam que a inflação de abril ficará entre 2,5% e 3,8%, abaixo dos 3,7% registrados em março.
Aumento de Preços
Apesar do pedido do governo, pequenos comércios enfrentam aumentos significativos. A professora Norma Aderni, ao sair de uma quitanda em Buenos Aires, relatou que gastou 10% a mais em frutas e verduras em comparação ao início do mês. Enquanto grandes fornecedores, como Unilever e Molinos, já enviaram tabelas com aumentos de 7% a 9%, os pequenos comerciantes não conseguem negociar os mesmos termos.
O governo espera que a concorrência e a escassez de pesos no mercado ajudem a conter a inflação. No entanto, a pressão sobre os preços pode aumentar, especialmente em produtos sensíveis à taxa de câmbio, como combustíveis, que representam 4% do índice de inflação oficial. A situação permanece delicada, e o governo continua a monitorar os impactos da nova política cambial na economia.
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