Pesquisadores desenvolvem método inovador para reduzir emissões na produção de níquel

Pesquisadores desenvolveram um novo processo de refino de níquel que pode reduzir drasticamente sua pegada de carbono, atualmente equivalente às emissões de um pequeno país. O estudo foi publicado na revista Nature em 30 de abril de 2025. O coautor Ubaid Manzoor, do Instituto Max Planck de Materiais Sustentáveis, na Alemanha, afirma que a pesquisa demonstra que a ciência por trás do processo é viável.

O níquel é um componente essencial na produção de aço inoxidável e baterias de íon de lítio. A demanda global por níquel deve dobrar até 2040, mas sua extração é uma das mais poluentes do setor. Em média, a produção de uma tonelada de níquel gera cerca de 20 toneladas de dióxido de carbono. O uso de minérios lateríticos, atualmente subutilizados, pode aumentar essa emissão para mais de 40 toneladas por tonelada de níquel.

Desafios de Implementação

Embora o novo processo tenha mostrado resultados promissores em escala experimental, a implementação em larga escala enfrenta desafios de engenharia. O método atual utiliza coque, um material rico em carbono derivado do carvão, para remover oxigênio do minério, resultando em altas emissões de carbono. A pesquisa busca alternativas que possam transformar a produção de níquel em um processo mais sustentável.

Os pesquisadores acreditam que, se superados os obstáculos técnicos, essa inovação pode contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono na indústria de níquel. A transição para métodos de produção mais limpos é crucial, especialmente com o aumento da demanda por este metal nas próximas décadas.