02 de mai 2025
Moët Hennessy planeja cortar até 1.200 empregos devido à queda nas vendas
Moët Hennessy cortará até 1.200 empregos e prevê queda de 11% nas vendas em 2024, refletindo a crise no setor de conhaque.
“O negócio de bebidas alcoólicas tem estado sob pressão há algum tempo”, disse Luca Solca, analista da Bernstein. (Foto: Reprodução)
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A Moët Hennessy, divisão de vinhos e destilados da LVMH, anunciou a redução de sua força de trabalho para os níveis de 2019, cortando entre 1.000 e 1.200 postos. A decisão é uma resposta à queda na demanda e às tarifas comerciais entre a União Europeia e a China, que têm impactado as vendas de conhaque.
A empresa, que atualmente conta com 9.400 funcionários, afirmou que a redução será feita principalmente por meio do gerenciamento da rotatividade natural e da não renovação de cargos vagos. Um porta-voz da Moët Hennessy confirmou que não há planos para um programa de demissão em massa. A medida reflete as dificuldades enfrentadas pela empresa e seus concorrentes, exacerbadas por um impasse tarifário.
Queda nas Vendas
A Moët Hennessy prevê uma queda de 11% nas vendas para 2024, com um desempenho fraco esperado no primeiro trimestre de 2025. As vendas da divisão de vinhos e bebidas alcoólicas da LVMH já apresentaram uma queda de 9% no último trimestre, o que representa a maior redução entre as divisões do grupo. A desaceleração econômica na China também afetou negativamente as vendas.
Analistas destacam que o setor de bebidas alcoólicas enfrenta pressão contínua. Segundo Luca Solca, analista da Bernstein, "se você não pode aumentar a demanda, precisa ajustar seu perfil de custo". A LVMH já anunciou planos para cortar custos em 1 bilhão de euros entre 2026 e 2029.
Mudanças na Administração
A redução de funcionários segue uma remodelação na administração da Moët Hennessy. Jean-Jacques Guiony assumiu como CEO, enquanto Alexandre Arnault, filho do fundador da LVMH, foi nomeado vice. Desde o segundo semestre de 2023, a empresa implementou um congelamento de contratações. A Moët Hennessy, que também é parte da Diageo, enfrenta um cenário desafiador, com concorrentes como a Pernod e a Rémy Cointreau também reportando quedas nas vendas.
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