02 de mai 2025
Participação privada em saneamento básico cresce para 1.748 cidades no Brasil
Investimentos em saneamento básico no Brasil atingem R$ 176,3 bilhões, com a participação privada em 31,4% das cidades após leilão no Pará.
Uma curva do Canal Carapuru, onde casas construídas às margens aguardam demolição para a continuidade das obras de saneamento e drenagem em Belém, no Pará. A intervenção é parte do pacote de infraestrutura preparatório para a COP 30 (Foto: Alessandro Falco - 24.fev.2025/Folhapress)
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A participação da iniciativa privada na gestão do saneamento básico no Brasil alcançou 31,4% do total de municípios, após a concessão dos serviços de água e esgoto em noventa e oito cidades do Pará. O leilão ocorreu no mês passado, em meio aos preparativos para a COP30. Desde a sanção da nova lei em julho de 2020, a presença de empresas privadas no setor cresceu 466%, segundo dados da Abcon Sindcon.
Nos últimos cinco anos, os investimentos no setor totalizaram R$ 176,3 bilhões, um recorde histórico. Somente no Pará, a empresa Aegea, que venceu três dos quatro blocos licitados, destinará R$ 15,2 bilhões para universalizar o acesso à água tratada e à coleta de esgoto. O quarto bloco, que abrange vinte e sete cidades, não atraiu interesse de empresas e permanecerá sob gestão pública.
Investimentos e Metas
A média histórica de investimentos em saneamento gira em torno de R$ 20 bilhões anuais. A diretora-executiva da Abcon Sindcon, Christianne Dias, destacou que é necessário acelerar esses investimentos para atingir a meta de universalização dos serviços até 2033. A universalização prevê que 99% da população tenha acesso a água tratada e 90% a esgoto.
Após o leilão no Pará, um novo certame está agendado para 17 de junho na B3, em São Paulo. A Parceria Público-Privada (PPP) de esgotamento da Cesan atenderá mais de quarenta municípios do Espírito Santo. A estimativa da KPMG aponta que a universalização do saneamento no Brasil exigirá um investimento total de R$ 893 bilhões.
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