CBF registra R$ 2,4 bilhões em caixa e se destaca em meio a clubes endividados

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um aumento em sua reserva financeira, alcançando R$ 2,4 bilhões em 2024. O crescimento, de R$ 1,4 bilhão em relação ao ano anterior, foi impulsionado por um novo contrato com a Nike. Apesar do sucesso financeiro, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enfrenta tentativas de destituição.

Os dados financeiros revelam que a CBF terminou 2023 com R$ 1 bilhão em caixa. O novo contrato com a Nike inclui R$ 435 milhões em antecipação para as temporadas de 2025 e 2026, além de R$ 920 milhões em bônus pela extensão da parceria. Esses valores foram depositados em 2023, contribuindo significativamente para o aumento da reserva.

Comparação com Clubes

Para contextualizar, o Flamengo, um dos clubes mais ricos do Brasil, encerrou 2024 com R$ 92 milhões em caixa. A reserva da CBF equivale à de 26 Flamengos. A confederação não enfrenta as mesmas dificuldades financeiras que muitos clubes, que frequentemente lutam para pagar salários e dívidas.

A CBF também registrou receitas de R$ 1,3 bilhão em 2024. O dinheiro será utilizado para sustentar as seleções brasileiras, apoiar clubes das Séries B, C e D, e repassar recursos para federações estaduais. Essas federações são importantes, pois seus presidentes votam nas eleições da CBF.

Desafios Internos

Apesar do sólido desempenho financeiro, Ednaldo Rodrigues enfrenta um cenário político conturbado. Ele mencionou em seu discurso de reeleição que sobreviveu a uma tentativa de golpe. Nos bastidores, especulações sobre sua permanência no cargo continuam, mesmo com a CBF apresentando resultados financeiros recordes. Dinheiro, parece, não compra nem felicidade, nem estabilidade.