06 de mai 2025
Santander vende operações na Polônia e investe em crescimento nas Américas
Santander vende operações na Polônia por € 7 bilhões e destina metade para expansão nas Américas, focando em EUA e México.
Executiva tem feito cortes em alguns países europeus para liberar recursos para o crescimento em mercados como o México e os Estados Unidos. (Foto: Hollie Adams/Bloomberg)
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O Santander anunciou a venda de suas operações na Polônia por € 7 bilhões na segunda-feira (5). A transação, uma das maiores do setor financeiro europeu nos últimos anos, visa direcionar metade do capital para o crescimento nas Américas, especialmente nos Estados Unidos e no México.
A presidente executiva do Santander, Ana Botín, tem implementado uma estratégia de expansão nas Américas, enquanto reduz a presença na Europa, onde o crescimento é limitado. Desde que assumiu o cargo em 2014, Botín tem promovido cortes em operações europeias para liberar recursos. O diretor financeiro, José Garcia Cantera, afirmou que o banco busca ser "relevante nos Estados Unidos" e que essa é uma estratégia de longo prazo.
Nos últimos anos, o desempenho dos bancos europeus melhorou, mas o Santander continua a apostar nas Américas. Em 2022, adquiriu a Amherst Pierpoint Securities e começou a contratar para seu banco de investimentos nos EUA. Além disso, lançou a plataforma de varejo Openbank na América do Norte e planeja investir US$ 2 bilhões no México.
Expansão e Aquisições
O Santander está aberto a considerar aquisições incrementais nos EUA e no México, embora tenha enfrentado desafios no mercado americano. A venda na Polônia reduzirá a dependência do banco em relação à Europa, onde cerca de 63% de seus ativos estavam localizados no ano passado. O número de funcionários na Europa diminuiu em cerca de 4 mil nos últimos cinco anos, enquanto aumentou em 15 mil nas Américas.
Para financiar sua estratégia, o Santander analisará negócios na Europa e já anunciou cortes de 750 empregos no Reino Unido. A venda das operações na Polônia também permitirá ao banco recomprar suas ações, aumentando a flexibilidade para investimentos em mercados em crescimento. Botín reafirmou que o foco continuará no crescimento orgânico nos EUA, com a possibilidade de aquisições "incrementais".
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