07 de mai 2025
BBVA enfrenta desafios decisivos na aquisição do Sabadell após aprovação da CNMC
BBVA enfrenta desafios cruciais na aquisição do Sabadell, com a decisão do governo e a aceitação dos acionistas em jogo.
Carlos Torres, presidente do BBVA, durante a apresentação de resultados do banco, no mês de janeiro. (Foto: Pablo Monge)
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A oferta pública de aquisição (OPA) hostil do BBVA para comprar o Sabadell está em um momento decisivo. A Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) já aprovou a operação, mas impôs medidas para proteger a concorrência. Agora, o governo deve decidir se aprova a operação ou se a leva ao Conselho de Ministros, o que pode complicar a aceitação dos acionistas do Sabadell.
Os analistas alertam que a decisão do governo pode impactar as sinergias esperadas pela fusão. Se o governo optar por elevar o assunto ao Conselho de Ministros, haverá um prazo adicional de trinta dias para revisão, o que pode resultar em novas condições. Benjamin Toms, diretor de análise de renda variável da RBC Capital Markets, afirma que a interferência do governo aumenta a probabilidade de que o acordo não se concretize.
As condições já aprovadas pela CNMC exigem que o BBVA garanta a inclusão financeira e a proteção de clientes vulneráveis, além de manter o crédito para pequenas e médias empresas. Essas exigências podem reduzir as sinergias inicialmente estimadas em € 850 milhões para cerca de € 590 milhões. Apesar disso, muitos analistas ainda veem lógica na operação, embora alertem que condições mais rigorosas podem afetar sua viabilidade financeira.
Desafios para o BBVA
Enquanto aguarda a decisão do governo, o BBVA precisa convencer os acionistas do Sabadell de que sua proposta é mais vantajosa do que a continuidade da operação isolada. A oferta atual, que troca uma ação do BBVA por 5,3456 ações do Sabadell e inclui um pagamento em dinheiro de € 0,70, está avaliada 1,7% abaixo do preço de mercado do Sabadell.
A situação se complica, pois a prima oferecida pelo BBVA já se desvalorizou. Especialistas acreditam que o banco pode ter que melhorar sua oferta para garantir a aceitação dos acionistas. Onur Genç, CEO do BBVA, reiterou que a proposta é atrativa e que não há planos de aumentar o preço, mas analistas não descartam uma mudança de estratégia caso a pressão aumente.
A operação permanece em um delicado equilíbrio entre a redução de custos e a necessidade de ser atraente para os acionistas. A expectativa é que o BBVA reavalie sua proposta quando o período de aceitação se aproximar, possivelmente entre junho e julho.
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