Economia

Frota de veículos elétricos no Brasil cresce para 374 mil em 2024, mas custos ainda preocupam

Frota de veículos elétricos no Brasil quase dobra em um ano, mas custos e infraestrutura ainda são desafios para o crescimento do setor.

Atrás apenas da dificuldade de carregamento, o valor de aquisição é o segundo fator que mais preocupa o brasileiro na hora de comprar um carro elétrico. (Foto: Pixabay)

Atrás apenas da dificuldade de carregamento, o valor de aquisição é o segundo fator que mais preocupa o brasileiro na hora de comprar um carro elétrico. (Foto: Pixabay)

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A frota de veículos elétricos no Brasil alcançou 374 mil unidades em 2024, quase o dobro do número registrado em 2023, segundo dados da Neocharge. Apesar de representar uma fração dos 63 milhões de veículos do país, esse crescimento reflete a expansão do mercado de veículos elétricos (EVs).

A pesquisa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) aponta que o custo de aquisição é a segunda maior preocupação dos brasileiros ao considerar a compra de um EV, atrás apenas da infraestrutura de carregamento. Antônio Jorge Martins, coordenador de cursos automotivos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), destaca que a bateria é o componente mais caro dos EVs e que pesquisas continuam para reduzir esse custo.

Roberto Marx, professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), prevê uma queda nos preços dos veículos elétricos, embora o tempo para isso ainda seja incerto. O WRI (World Resources Institute) também aponta que, com a consolidação do mercado, os preços dos EVs têm diminuído progressivamente.

Fabio Delatore, professor do Instituto Mauá de Tecnologia, observa que, enquanto um veículo de entrada custava R$ 300 mil, hoje já existem opções por cerca de R$ 100 mil, tornando os EVs mais acessíveis. Magdala Satt Arioli, do WRI, complementa que a economia gerada pelos veículos elétricos pode compensar os altos custos de aquisição, especialmente no caso de ônibus elétricos.

Incentivos Fiscais

Os especialistas ressaltam a importância de incentivos fiscais para estimular o mercado de EVs no Brasil. Delatore menciona que, em estados como a Califórnia, incentivos fiscais ajudaram na transição para veículos elétricos. No Japão, o governo promoveu a popularização dos kei cars, veículos pequenos e acessíveis, por meio de isenções fiscais.

Marx compara essa estratégia com a experiência brasileira nos anos 1990, quando os carros 1.0 se tornaram populares. A França também estuda adotar medidas semelhantes para incentivar a adoção de veículos elétricos.

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