Trump revoga restrições a chips de inteligência artificial e alivia setor tecnológico

O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, planeja revogar a regra de difusão de inteligência artificial (IA) implementada durante o governo de Joe Biden. Essa regra, que deveria entrar em vigor em quinze de maio, estabelecia restrições à exportação de chips de IA, afetando empresas como Nvidia e AMD. A decisão visa simplificar as normas e estimular a inovação americana no setor.

A nova abordagem do governo Trump busca eliminar a complexidade da regra anterior, que dividia os países em três categorias com diferentes níveis de acesso a chips avançados. A revogação é vista como uma resposta às críticas de que as restrições poderiam prejudicar a competitividade das empresas americanas, especialmente em relação ao mercado chinês, que pode alcançar US$ 50 bilhões em chips de IA nos próximos anos.

Analistas do setor, como Dan Ives, da Wedbush, afirmam que a demanda por tecnologia de IA está crescendo, independentemente das tarifas e restrições. Ele destaca que, para cada R$ 1 investido na Nvidia, há um retorno de R$ 8 a R$ 10 para o ecossistema tecnológico. A Nvidia, que já enfrenta desafios devido a restrições anteriores, viu suas ações subirem 3% após o anúncio da revogação.

Além disso, a regulamentação em países como o Brasil está se tornando mais favorável, permitindo que empresas acessem tecnologias como as GPUs da Nvidia. Márcio Aguiar, diretor de Vendas Corporativas da Nvidia na América Latina, ressaltou que a demanda por GPUs tem superado a capacidade de produção da empresa desde janeiro, impulsionada pela antecipação de possíveis barreiras comerciais.

A revogação da regra de difusão de IA representa um alívio temporário para países que enfrentavam restrições, como Índia e Malásia. No entanto, a nova política ainda está em desenvolvimento e pode incluir controles adicionais sobre chips enviados a países que desviam produtos para a China. A Nvidia e outras empresas do setor continuam a pressionar por um ambiente comercial mais favorável, enquanto o governo dos EUA busca equilibrar a segurança nacional com a competitividade no mercado global.