Microsoft se destaca e cresce em valor de mercado enquanto rivais enfrentam dificuldades

A Microsoft se destacou entre as chamadas 7 Magníficas do setor de tecnologia ao aumentar seu valor de mercado para US$ 3,162 trilhões em 1º de maio de 2025. A empresa conseguiu superar a queda de suas concorrentes, que enfrentaram desafios devido a reajustes de preços e à guerra tarifária iniciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No primeiro trimestre de 2025, a Microsoft reportou uma receita de US$ 70,1 bilhões, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela divisão de nuvem, que cresceu 21% em comparação anual. A analista da XP, Maria Irene Jordão, destacou que a Microsoft conseguiu aumentar a receita em todos os seus principais segmentos, o que não ocorreu com outras empresas do setor.

Crescimento e Desafios

A Microsoft se beneficia de um mix de produtos que a torna menos vulnerável às incertezas econômicas. A receita proveniente do mercado corporativo (B2B) oferece maior previsibilidade, conforme apontou o analista do BTG, Marcel Zambello. A divisão de produtos Office 365, por exemplo, gerou US$ 21,9 bilhões, representando 31% do total da receita.

As 7 Magníficas perderam US$ 2,27 trilhões em valor de mercado desde 1º de abril. A Apple, por sua vez, sofreu a maior queda, com um recuo de 22,9% até 8 de abril. Apesar das dificuldades enfrentadas por concorrentes como Tesla e Meta, a Microsoft se aproxima da Apple, cujo valor de mercado era de US$ 3,205 trilhões na mesma data.

Impacto da Guerra Tarifária

A guerra tarifária e a depreciação do dólar impactaram as operações das big techs. A depreciação do dólar, que inicialmente era esperada para valorizar a moeda, acabou beneficiando a Microsoft neste trimestre. A empresa, com operações globais, se mostrou menos afetada por ciclos econômicos adversos, ao contrário de rivais que dependem fortemente da publicidade.

Enquanto isso, a Tesla enfrenta desafios significativos, incluindo protestos e recalls, além de uma crescente concorrência. A empresa de Elon Musk não apenas perdeu espaço no S&P 500, mas também viu suas ações reagirem positivamente após mudanças na administração federal. A Microsoft, por sua vez, continua a ser poupada de processos antitruste que afetam seus concorrentes diretos.