Preços de produtos como bonecas Barbie e eletrodomésticos sobem com tarifas de Trump

Os preços de produtos de consumo nos Estados Unidos, como bonecas Barbie e eletrodomésticos, estão aumentando devido às tarifas globais implementadas pelo governo Trump. A Telsey Advisory Group divulgou que, entre 16 e 30 de abril, o preço de uma boneca Barbie exclusiva da Target subiu 43%, passando de R$ 10,49 para R$ 14,99. Outros produtos também tiveram aumentos significativos, como uma máquina de lavar da Whirlpool, que ficou R$ 82 mais cara, totalizando R$ 599.

Além das bonecas e eletrodomésticos, itens como leggings da marca Cat and Jack e uma furadeira Dewalt também apresentaram elevações de preços. As leggings aumentaram 33%, de R$ 4,50 para R$ 6, enquanto a furadeira subiu R$ 20, alcançando R$ 179. A análise da Telsey incluiu produtos de luxo, como uma bolsa Louis Vuitton, que agora custa R$ 2.130, um aumento de R$ 100 desde meados de abril.

Impacto das Tarifas

Os autores do relatório alertam que as mudanças de preços não devem ser vistas como prova definitiva do impacto das tarifas, já que apenas um ou dois itens foram analisados por empresa. No entanto, a Telsey afirma que "uma narrativa consistente entre varejistas e marcas é que os custos mais altos serão repassados aos consumidores." Muitas empresas estão revisando suas cadeias de suprimentos e estratégias de preços.

Embora as tarifas inicialmente anunciadas por Trump estejam suspensas até 9 de julho, uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados permanece. Os produtos da China enfrentam uma taxa de 145%. Apesar de algumas empresas considerarem diversificar suas cadeias de suprimentos, poucas estão dispostas a trazer a produção de volta aos Estados Unidos, citando a falta de expertise para fabricar produtos de alta qualidade a preços competitivos.

Reação de Trump

Trump respondeu às preocupações da Mattel, fabricante da Barbie, ameaçando impor uma tarifa de 100% se a produção fosse transferida para outro país. Ele também sugeriu que os consumidores deveriam comprar menos bonecas, afirmando que "uma linda menina de 11 anos não precisa ter 30 bonecas." A situação continua a evoluir, com possíveis mudanças nas tarifas sobre produtos chineses ainda em discussão.