10 de mai 2025
Vaticano enfrenta desafios financeiros com novo papa Leão 14 e escândalos persistentes
Desafios financeiros marcam a ascensão do Papa Leão 14, que herda um déficit de quase 70 milhões de euros e escândalos de corrupção.
O recém-eleito Papa Leão 14 (centro) deixa a varanda principal da Basílica de São Pedro após discursar pela primeira vez, na sequência do conclave. (Foto: TIZIANA FABI/AFP)
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O Vaticano enfrenta desafios financeiros significativos sob a liderança do novo Papa Leão 14. Em 2023, a Santa Sé registrou um prejuízo de quase 70 milhões de euros (aproximadamente R$ 382,4 milhões), enquanto as doações continuam em queda. O novo pontífice herda uma situação complicada, marcada por escândalos financeiros, incluindo a condenação do cardeal Angelo Becciu por desvio de recursos.
As finanças do Vaticano são cronicamente deficitárias, apesar das receitas provenientes de hospitais, museus e doações dos fiéis. Em 2023, a receita totalizou 1,2 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões), mas os gastos superaram esse valor. O Instituto para as Obras da Religião (IOR), o banco do Vaticano, também está envolvido em um histórico de escândalos, incluindo casos de lavagem de dinheiro.
Escândalos e Desvios
O cardeal Becciu, ex-assessor próximo do Papa Francisco, foi condenado a cinco anos e meio de prisão por desvio de recursos. O tribunal do Vaticano apontou prejuízos entre 130 milhões e 180 milhões de euros (R$ 695 milhões e R$ 962 milhões) relacionados a investimentos mal-sucedidos, incluindo a compra de um imóvel de luxo em Londres por 350 milhões de euros (R$ 1,87 bilhão).
A queda nas doações, que representam 17% da receita da Santa Sé, é um desafio adicional para Leão 14. Ao mesmo tempo, os gastos com pessoal aumentaram 6% em 2023. O novo Papa também deve abordar a questão do sistema de pensões, que enfrenta um desequilíbrio estrutural.
O Legado de Francisco
O Papa Francisco já havia iniciado reformas para melhorar a governança financeira do Vaticano. Ele criou um secretariado para a economia e implementou medidas de transparência, embora tenha enfrentado resistência. O banqueiro Jean-Baptiste de Franssu, que liderou o conselho administrativo do IOR, destacou que a reputação da Santa Sé melhorou, mas as reformas ainda são um trabalho em andamento.
Os problemas financeiros do Vaticano remontam à sua criação como Estado em 1929, após a perda dos Estados pontifícios. A falta de compensação adequada nos acordos com a Itália contribuiu para a crise financeira que persiste até hoje. O novo Papa Leão 14 terá que enfrentar esses desafios para garantir a sustentabilidade financeira da Igreja Católica.
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