Economia

SGB busca parcerias para mapear geologia e impulsionar mineração no Brasil

SGB busca parcerias estaduais para mapear geologia e impulsionar exploração de minerais críticos, enfrentando desafios orçamentários.

Complexo minerário Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), onde a Vale extrai cobre (Foto: Nelson Almeida /AFP)

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O Serviço Geológico do Brasil (SGB) busca parcerias com governos estaduais para expandir o mapeamento geológico do país, enfrentando restrições orçamentárias e a necessidade de modernização nas abordagens, como o levantamento aerogeofísico. Essa iniciativa visa identificar reservas de minerais essenciais para a transição energética.

O Brasil possui um grande potencial para abrigar metais críticos, mas sua geologia é pouco conhecida em comparação a países desenvolvidos. O SGB, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, é responsável por fornecer informações geológicas às mineradoras. Sem esses dados, é difícil para as empresas iniciarem pesquisas mais avançadas. Um exemplo é o lítio em Minas Gerais, vital para a produção de baterias de veículos elétricos. Desde 2016, a Sigma Lithium já exporta o mineral.

Atualmente, apenas 27% do território brasileiro está mapeado na escala 1:100 mil. Para mapear uma área de 3.000 quilômetros quadrados, seriam necessários dois geólogos trabalhando por dois anos. Com a equipe atual de 600 servidores, o SGB levaria 110 anos para mapear o país inteiro. Para contornar essa situação, o SGB pretende intensificar o levantamento aerogeofísico, que já havia sido utilizado entre 2011 e 2015 para coletar dados de 50% do território.

Parcerias e Orçamento

A nova estratégia requer um orçamento significativo. Em março, a empresa espanhola Xcalibur venceu a licitação para levantar dados de um milhão de quilômetros lineares, com investimentos estimados em R$ 700 milhões. O orçamento do SGB em 2023 foi de R$ 633 milhões, majoritariamente destinado a despesas de pessoal. O órgão possui R$ 17 milhões para iniciar o levantamento e espera um adicional de R$ 100 milhões do governo federal.

O SGB está em conversação com estados como Tocantins, Goiás, Bahia e Minas Gerais para firmar parcerias. O governo do Tocantins já manifestou interesse em uma emenda parlamentar de R$ 40 milhões. Os primeiros recursos serão direcionados a áreas conhecidas por abrigar grandes depósitos de minerais críticos.

Agamenon Dantas, ex-presidente do SGB, destaca que um dos principais desafios é desvincular o órgão de pressões políticas, que podem interferir na execução de trabalhos. A estruturação do SGB e o levantamento geológico são cruciais para o Brasil se posicionar na corrida pelos minerais críticos, essenciais para a nova economia global.

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