SAP altera política de diversidade e inclusão após decreto de Trump nos EUA

A multinacional alemã SAP, especializada em software, anunciou uma mudança em sua política de diversidade e inclusão. Em comunicado de 9 de maio de 2025, a empresa informou que a meta de mulheres em cargos executivos não será mais um critério de desempenho para a remuneração da diretoria. Essa alteração visa alinhar-se às novas diretrizes do governo dos Estados Unidos.

A partir de agora, o Índice de Cultura de Saúde Corporativa (BHCI) substituirá a antiga meta. O BHCI, que já era monitorado desde 2009, avaliará o bem-estar e o engajamento dos funcionários por meio de pesquisas internas. A SAP estabeleceu uma meta de alcançar entre 80% e 82% nesse índice até 2025.

Mudanças em Resposta a Diretrizes Governamentais

Essa decisão reflete a pressão gerada pelo decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump, que proíbe ações afirmativas baseadas em raça ou sexo no setor público e incentiva o setor privado a seguir o mesmo caminho. O comunicado da SAP reafirma o compromisso da empresa em criar um ambiente de trabalho inclusivo e em conformidade com as leis de cada país onde atua.

Além disso, as metas não financeiras, como satisfação dos clientes e redução de emissões de carbono, permanecerão inalteradas. A SAP continua a priorizar a igualdade de oportunidades em seu ambiente corporativo, mesmo com as mudanças nas diretrizes governamentais.

Contexto das Diretrizes de Diversidade

O decreto de Trump, assinado em 21 de janeiro de 2025, determina o fim de políticas que priorizam raça, sexo ou origem em processos seletivos e políticas públicas. A ordem executiva considera que iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) violam as leis civis americanas. O governo também pretende identificar empresas que adotem essas políticas e avaliar possíveis investigações.

A SAP, portanto, ajusta sua estratégia para se adaptar a esse novo cenário, mantendo seu foco em um ambiente de trabalho saudável e engajado.