13 de mai 2025
Cacau brasileiro ganha rastreabilidade com tecnologia inovadora do CIC e Trace Tech
Cacau brasileiro ganha rastreabilidade com nova tecnologia, beneficiando agricultores e atendendo exigências de sustentabilidade.
Cristiano Villela, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC) (Foto: Maria Alice Freire)
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O Centro de Inovação do Cacau (CIC), em colaboração com a Trace Tech, lançou o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau (SBRC). A iniciativa, que já atende 51 agricultores em Rondônia, visa expandir para 150 produtores e atrair grandes empresas do setor.
O SBRC utiliza georreferenciamento e etiquetas de radiofrequência para monitorar a produção de cacau, assegurando que o cultivo não ocorra em áreas de desmatamento ilegal. Cada agricultor paga entre R$ 750,00 e R$ 4.280,00 para se cadastrar. O projeto foi viabilizado com o apoio da Dengo Chocolates e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Cristiano Villela, diretor científico do CIC, destaca que a prioridade é atrair empresas como Cargill, Olam e Barry Callebaut, que processam 95% do cacau brasileiro. As tratativas já estão em andamento. Villela afirma que o interesse das chocolateiras em custear a tecnologia é um passo importante para a escalabilidade do projeto.
Expansão e Investimentos
O próximo objetivo é aumentar o número de produtores para 150 no sul da Bahia, onde o projeto teve um piloto antes de chegar a Rondônia. A Dengo Chocolates não investiu diretamente na operação, mas concordou em pagar um prêmio de 25% sobre o cacau dos produtores que utilizarem a tecnologia, totalizando até R$ 1 milhão em 2025.
O Sebrae Rondônia contribuiu com R$ 85 mil para mapear os produtores e desenvolver planos de ação. O SBRC é a primeira plataforma de rastreamento dedicada ao cacau no mundo e atende às exigências da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), que entrará em vigor em 2026.
João Kuhlmann, executivo da Trace Tech, explica que o sistema mapeia áreas de cultivo e integra informações em bancos de dados públicos e privados. As etiquetas de radiofrequência, semelhantes às usadas em pedágios, armazenam dados sobre cada muda e são sincronizadas com informações de órgãos como Ibama e Incra.
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