14 de mai 2025
Produção de petróleo nos EUA enfrenta desafios com preços em queda e cortes de investimentos
Produção de petróleo de xisto nos EUA pode ter atingido pico, com cortes em perfuração e fraturamento devido a preços baixos.
Os EUA são responsáveis por dois em cada dez barris de petróleo bombeados em todo o mundo (Foto: Jordan Vonderhaar/Bloomberg)
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Os preços do petróleo têm apresentado flutuações significativas, com o West Texas Intermediate (WTI) caindo para menos de US$ 60 por barril, atingindo a mínima de US$ 55 em quatro anos. Essa situação impacta diretamente a produção de xisto nos Estados Unidos, levando empresas a cortar gastos e reduzir o número de plataformas de perfuração.
Recentemente, a produção de petróleo de xisto nos EUA pode ter alcançado seu pico. O número de plataformas de perfuração ativas caiu para 474, o segundo menor índice desde o final de 2021. Além disso, as equipes de fraturamento hidráulico, essenciais para a extração, diminuíram para 105, o menor número em quatro anos na Bacia do Permiano, que abrange Texas e Novo México.
A CEO da Occidental Petroleum, Vicki Hollub, afirmou que a produção geral dos EUA poderia atingir o pico entre 2027 e 2030, mas agora parece que esse ponto pode ser alcançado antes. A relação entre os preços do petróleo e a produção é crítica, pois pequenas variações de preço podem determinar se as empresas expandem ou reduzem a produção. Abaixo de US$ 50, muitas enfrentam dificuldades financeiras, enquanto preços em torno de US$ 70 incentivam a perfuração.
As empresas de xisto estão sob pressão dos investidores para priorizar o pagamento de dividendos em vez de reinvestir na perfuração. Apesar da redução de gastos, a maioria das empresas não espera quedas drásticas na produção, devido a melhorias na eficiência e ao aumento da produção de outros derivados de petróleo.
A produção total de petróleo nos EUA atingiu 20,68 milhões de barris por dia em outubro, mas os dados mais recentes indicam uma leve queda para 20,4 milhões de barris por dia. Se essa tendência continuar, a média anual de produção pode cair em 2026, especialmente se os preços permanecerem baixos por um período prolongado. No entanto, não há indicações de um declínio abrupto como o observado em 2020.
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