16 de mai 2025

Correios enfrentam crise profunda com prazos incertos e cortes salariais iminentes
Correios enfrentam crise severa, com cortes salariais e suspensão de pagamentos, enquanto sindicatos buscam diálogo com o governo para proteger direitos.
Foto:Reprodução
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Os Correios enfrentam uma grave crise financeira e de eficiência, resultando em cortes salariais, redução da jornada de trabalho e suspensão de pagamentos. A situação se agrava com a busca de sindicatos por audiência com o governo para proteger os direitos dos trabalhadores.
Após 362 anos de monopólio, a empresa não consegue mais cumprir prazos de entrega, como o de 72 horas para documentos na região Sudeste. O custo de R$ 40,00 para enviar uma folha de papel a 800 quilômetros de distância permanece, mas o tempo de entrega se tornou incerto, variando de três a quinze dias ou mais.
Os Correios faturam R$ 20 bilhões anualmente, mas gastam R$ 24 bilhões para operar, resultando em um aumento de 8% nas despesas no último ano. A empresa acumula dívidas, em parte devido à corrupção e má gestão, que se intensificaram ao longo de décadas de loteamento político.
Crise e Reações
A empresa, que dominava quase metade do mercado de entregas em 2019, agora possui menos de um terço desse mercado. O serviço expresso, essencial para a operação, sustenta uma rede de 10 mil agências, das quais apenas 1,5 mil são lucrativas. A falta de controle sobre entregas e a ineficiência no serviço refletem a deterioração da empresa.
Recentemente, os Correios anunciaram cortes salariais e demissões voluntárias. A resposta dos sindicatos foi imediata, com uma federação setorial solicitando uma audiência com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma carta, os sindicatos afirmaram que não aceitarão retrocessos nos direitos trabalhistas, expressando a esperança de reconstruir a empresa.
A situação dos Correios se torna cada vez mais crítica, com interrupções nos pagamentos de benefícios e serviços essenciais. As transportadoras terceirizadas suspenderam serviços após três meses sem receber, levando a empresa a declarar que está à beira do abismo. A crise atual é mais um capítulo na longa história de desafios enfrentados pela estatal.
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