Economia

Ford enfrenta desafios para aumentar conteúdo nacional em veículos fabricados nos EUA

Ford revela que o novo Expedition 2025, montado nos EUA, tem 58% de peças importadas, refletindo os desafios da produção local.

Um Ford Expedition 2025 com detalhes em bronze na planta da montadora em Kentucky, no dia 30 de abril de 2025. (Foto: Michael Wayland | CNBC)

Um Ford Expedition 2025 com detalhes em bronze na planta da montadora em Kentucky, no dia 30 de abril de 2025. (Foto: Michael Wayland | CNBC)

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A Ford anunciou que o novo Expedition 2025, montado em Kentucky, contém 58% de peças estrangeiras, incluindo 22% provenientes do México. Essa situação reflete os desafios da indústria automotiva dos EUA em relação à globalização das cadeias de suprimentos.

O SUV, que é montado por trabalhadores americanos, exemplifica como a produção local ainda depende fortemente de componentes importados. O motor Ecoboost de 3,5 litros, projetado pela Ford, é um dos principais itens fabricados fora do país. A fábrica de Kentucky, que emprega mais de 9 mil pessoas, é um alvo de pressão do ex-presidente Donald Trump, que buscou incentivar a produção nacional por meio de tarifas sobre veículos e peças importadas.

Especialistas afirmam que alcançar uma produção totalmente americana é inviável devido a custos e à disponibilidade de materiais. Martin French, executivo da Berylls Strategy Advisors USA, destacou que muitos componentes ainda são mais baratos de produzir em outros países, mesmo com tarifas. A falta de instalações para processar materiais como aço e semicondutores nos EUA agrava a situação.

O CEO da Ford, Jim Farley, mencionou que 15% a 20% das peças são difíceis de obter nos EUA, o que inclui itens como fiações e semicondutores, que são majoritariamente importados da Ásia. A S&P Global Mobility estima que um veículo contém, em média, 20 mil peças, que podem vir de até 120 países diferentes.

A produção de veículos com maior conteúdo nacional exigiria investimentos bilionários e levaria anos. Executivos do setor afirmam que seria "irrealista" construir um veículo 100% americano de forma lucrativa atualmente. Aumentar a porcentagem de peças nacionais também elevaria significativamente os preços, tornando os veículos menos acessíveis aos consumidores.

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