Setor de luxo se reinventa e alcança marca trilionária no mercado global

A crise atual no mercado de luxo se assemelha a uma covid longa, com efeitos colaterais persistentes. Após a pandemia, muitos acreditavam que o setor enfrentaria um colapso. Contudo, o consumo de itens de luxo disparou, refletindo um padrão histórico: momentos de crise costumam gerar um aumento no desejo por produtos luxuosos.

Atualmente, o mercado enfrenta novos desafios, como inflação e instabilidade global, que impactam os "clientes de acesso". Esses consumidores, que começaram a explorar o luxo, agora enfrentam a erosão do poder de compra e o aumento dos preços. A estética do descartável, que dominou por um tempo, está perdendo força.

Marcas que priorizam durabilidade e experiências estão se destacando. A demanda por produtos que tenham significado e que durem no tempo é crescente. O consumidor atual busca algo que transcenda a simples compra, valorizando a experiência e a conexão emocional com as marcas. Hotéis, restaurantes e destinos de viagem estão se tornando protagonistas de um novo conceito de luxo.

Mudanças Necessárias

Para reconquistar o "cliente de acesso", as marcas precisam adotar uma postura mais consciente e atenta. A ideia de que o tempo é um aliado, e não um inimigo, deve ser resgatada. A diversidade deve ser vista como uma estratégia inteligente, não apenas uma pauta de imagem.

A crise também abre oportunidades para aprender com pequenos negócios, que se destacam pela criatividade e adaptação. O futuro do luxo não deve ser apenas sobre estética, mas sobre seu papel como agente de mudanças sociais. A moda deve reivindicar sua posição como um motor de transformação, promovendo um novo modo de estar no mundo.