Economia

Gigantes do petróleo cortam despesas e se preparam para queda nos preços do setor

Grandes petrolíferas se preparam para nova queda nos preços do petróleo, mantendo balanços fortes e evitando cortes drásticos em gastos e dividendos.

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As grandes empresas petrolíferas, como ExxonMobil e Chevron, estão se preparando para uma nova queda nos preços do petróleo, que pode ser a terceira em mais de uma década. Durante suas atualizações trimestrais, os executivos garantiram que seus balanços estão robustos e que não farão cortes drásticos em gastos ou dividendos.

O CEO da ExxonMobil, Darren Woods, destacou que a companhia, avaliada em US$ 472 bilhões (R$ 2,7 trilhões), cortou US$ 13 bilhões (R$ 73 bilhões) em custos ao longo de cinco anos para se preparar para a desaceleração. Ele afirmou que a empresa testou seus planos financeiros em cenários mais severos do que os vividos durante a pandemia de Covid-19.

Os preços do petróleo caíram para menos de US$ 60 (R$ 338) por barril em abril, com previsões de que fiquem em torno de US$ 65 (R$ 366) pelo restante do ano. A Chevron, que está reduzindo sua força de trabalho em 20%, afirmou que ainda poderá gerar US$ 9 bilhões (R$ 50,7 bilhões) em fluxo de caixa livre com o petróleo a US$ 60. A Shell, por sua vez, garantiu que manterá seus dividendos mesmo se os preços caírem para US$ 40 (R$ 225).

Reações do Setor

Patrick Pouyanné, da TotalEnergies, comentou que a reação atual é semelhante à da crise do coronavírus, com a empresa evitando cortes em dividendos. As quedas anteriores nos preços do petróleo, como a de 2014 a 2016, resultaram em cortes profundos de gastos e atrasos em projetos.

Atualmente, as grandes petrolíferas reduziram seus planos de despesas de capital em 2%. A consultoria Wood Mackenzie prevê US$ 98 bilhões (R$ 552 bilhões) em gastos de capital entre as cinco maiores empresas do setor, quase 5% a menos que em 2023. A analista do HSBC, Kim Fustier, observou que as empresas estão em um "modo de espera", evitando decisões irreversíveis.

Desafios Futuros

Analistas do Bank of America alertam que, embora os preços atuais não causem grandes perturbações, uma queda adicional poderia revelar vulnerabilidades significativas nas operações das empresas. A pressão para manter a produção e os retornos aos acionistas continua alta, e a flexibilidade para cortes adicionais é limitada após uma década de eficiência.

As grandes petrolíferas, portanto, se encontram em um cenário desafiador, tentando equilibrar a necessidade de adaptação às condições de mercado com a manutenção de seus compromissos financeiros.

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