Wizard processa Carlos Wizard por concorrência desleal com nova rede de idiomas Mr. Wiz

A Wizard, parte do grupo Pearson Education, processou seu fundador, Carlos Wizard, por concorrência desleal. A ação judicial, movida em São Paulo, alega que a nova rede de idiomas do empresário, Mr. Wiz, imita a identidade visual da Wizard, confundindo consumidores. A empresa pede R$ 1 milhão em indenização e a proibição do uso de sua marca.

No processo, a Wizard afirma que a Mr. Wiz adotou as mesmas cores (azul, branco e vermelho) e uma tipologia semelhante em seus prédios. Além disso, a empresa alega que as peças publicitárias são similares, criando a impressão de que a Mr. Wiz é uma extensão da Wizard. A ação destaca que essa associação indevida confere à Mr. Wiz um prestígio que levaria anos e altos investimentos para ser conquistado.

Carlos Wizard, que vendeu a Wizard para a Pearson em 2013 por quase R$ 2 bilhões, defende sua nova rede. Ele afirma que a proposta pedagógica da Mr. Wiz é distinta, focando em educação financeira, empreendedorismo e inteligência emocional, utilizando o inglês como ferramenta de ensino. O empresário reconhece que a Mr. Wiz usou as mesmas cores inicialmente, mas justifica que isso se deu pela inspiração nas bandeiras dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Defesa de Carlos Wizard

O empresário argumenta que a mudança recente para cores como lilás, preto, cinza e branco visa diferenciar sua marca no mercado. Ele critica a ação da Pearson, considerando-a uma tentativa de limitar sua liberdade de empreender. Wizard menciona que já obteve uma decisão judicial que lhe garante o uso do sobrenome e a possibilidade de atuar em escolas de ensino.

As marcas Mr. Wiz e Mister Wiz estão registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2014. Carlos Wizard acredita que a ação da Wizard é uma tentativa de sufocar sua iniciativa de formar jovens líderes e empreendedores, reafirmando seu compromisso com uma educação moderna e inovadora. O mérito do processo ainda não foi julgado.