Consumo enfrenta desafios, mas setores como imóveis e automóveis mostram resiliência

O sentimento do consumidor nos Estados Unidos apresenta sinais de fraqueza, com a confiança caindo para o segundo menor nível já registrado. Dados recentes mostram que muitos americanos estão reduzindo gastos, especialmente devido ao aumento de preços causado por tarifas. Empresas como Walmart, Microsoft e Subaru alertaram sobre possíveis elevações de preços, o que pode levar consumidores mais sensíveis a preços a restringirem ainda mais seus gastos.

Apesar das incertezas, setores como construção de casas e automóveis continuam a apresentar forte demanda. A Carvana, por exemplo, reportou um aumento de 46% nas vendas em relação ao ano anterior, alcançando resultados trimestrais recordes. O CEO da Carvana, Ernie Garcia, afirmou que não vê sinais de fraqueza no consumo, destacando que o crédito dos consumidores permanece estável.

Mudanças no Comportamento do Consumidor

Durante o CNBC CEO Council Summit, líderes de empresas discutiram as mudanças no comportamento do consumidor. Sheryl Palmer, CEO da Taylor Morrison, observou um aumento no interesse por novas casas, especialmente entre compradores mais velhos, que representam mais de R$ 114 trilhões em ativos. Ela destacou que esses consumidores estão mais dispostos a investir em melhorias residenciais.

Por outro lado, os compradores de primeira viagem enfrentam preocupações sobre custos e acessibilidade, especialmente com os preços das casas e as taxas de juros em alta. As taxas de hipoteca ultrapassaram 7%, contribuindo para um cenário volátil no mercado imobiliário.

Setor Automotivo e Viagens

O setor automotivo também está em alta, com consumidores apressando-se para adquirir veículos novos e usados antes da possível elevação de preços devido a tarifas. Garcia mencionou que, embora as vendas tenham sido impulsionadas por essa expectativa, a situação está se estabilizando.

No setor de viagens, o CEO da Marriott International, Anthony Capuano, relatou um forte retorno da demanda após uma leve desaceleração em março. Ele destacou que a vontade de viajar, especialmente entre os jovens, permanece robusta, apesar das incertezas econômicas. Capuano observa que a estabilidade do emprego e a baixa taxa de desemprego são fatores que influenciam positivamente a confiança do consumidor.