22 de mai 2025
Robert F. Kennedy Jr. classifica açúcar como 'veneno' e gera preocupação na indústria
Indústria do açúcar teme impacto de críticas de Robert F. Kennedy Jr., que o chamou de "veneno", em meio a crescente conscientização sobre saúde.
Secretário de saúde dos Estados Unidos mira o açúcar (Foto: Emmanuel Foudrot/Reuters)
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A indústria do açúcar enfrenta novas críticas após Robert F. Kennedy Jr. classificar o açúcar como "veneno". O comentário, feito no final de abril, gerou preocupação entre os produtores, que temem um impacto negativo no consumo. Kennedy, secretário de saúde dos Estados Unidos, já havia focado suas críticas em outros produtos alimentícios, mas agora volta sua atenção para o açúcar.
Durante um jantar anual em Nova York, o diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar, Jose Orive, expressou sua preocupação com os ataques políticos ao açúcar, considerando as alegações como "totalmente infundadas". A indústria já enfrenta desafios, como a inflação e o aumento do uso de medicamentos para perda de peso, que têm pressionado a demanda por açúcar.
O consumo per capita de açúcar cresceu cerca de 1% desde 1999, enquanto o de xarope de milho com alto teor de frutose caiu 21%. Contudo, a percepção pública sobre o açúcar está mudando. Uma pesquisa revelou que dois terços dos consumidores tentam limitar a ingestão de açúcar, associando-o à obesidade. Stephen Geldart, da Czarnikow, afirmou que os comentários de Kennedy aumentam a conscientização sobre o açúcar.
Impactos das Novas Políticas
Kennedy está promovendo mudanças significativas, como a remoção de refrigerantes do Programa de Assistência Nutricional Suplementar. Recentemente, Nebraska obteve aprovação para essa medida. Além disso, ele defende uma "rotulagem adequada" dos produtos, algo que pode impactar ainda mais o consumo de açúcar.
Os fabricantes de doces, embora cautelosos, defendem que suas guloseimas podem ser consumidas com moderação. Matthew Nourmand, da Galil Brands, afirmou que "não há nada de errado" em consumir açúcar ocasionalmente. A indústria, no entanto, se preocupa com a crescente pressão para reduzir o consumo, especialmente com a expectativa de queda de 2,2% na demanda até a temporada 2025-26.
A situação é complexa, pois estudos associam o consumo excessivo de açúcar e xarope de milho a problemas de saúde. A indústria de doces argumenta que a transparência é fundamental, já que os consumidores estão cientes do açúcar em produtos como chocolates e doces. A crescente conscientização sobre a saúde pode levar a mudanças significativas no mercado de açúcar nos próximos anos.
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